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É momento de fazer despertar o que há de mais importante na vida. Deixar ilusões de lado. Deixar situações que nos distanciam de nós mesmos. Buscar cada vez mais o encontro com a própria essência. Em geral, o que é mais importante na vida do ser humano são as coisas mais simples. O filme “Tempo de Despertar” retrata a vida de pacientes com encefalite letárgica, que adormeceram durante 30 anos e despertaram devido a dedicação de um médico, Oliver Sacks, que fez diversos estudos, descobertas e realmente se importou com a dor do ser humano. O filme traz uma profunda reflexão, em especial às coisas simples da vida, como família, trabalho, amizade e lazer. Esta lembrança também é uma homenagem a Oliver Sacks, neurocientista que escreveu diversos livros, entre eles:
Tempo de Despertar,
O Homem que confundiu sua mulher com um chapéu,
Um antropólogo em Marte,
A Ilha dos daltônicos,
Tio Tungstênio: Memórias de uma infância química,
Sempre em movimento ( autobiografia).

Oliver Sacks, tem uma escrita que prende o leitor, informa sobre o mundo da mente, demonstra bastante sensibilidade, tocando de forma poética as questões da existência.

A leitura, ou um bom filme pode resgatar o ser humano de armadilhas que entorpecem a alma. Vale conferir!

Dra. Vanessa Calhiarani Loschiavo

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PSIQUIATRIA SOB ÓTICA ESPÍRITA
Dra. Vanessa Calhiarani fala sobre PSIQUIATRIA SOB A ÓTICA ESPÍRITA.

Existe, ainda nos tempos de hoje, um grande preconceito quando alguém precisa procurar um psiquiatra. Ao pensar na psiquiatria vem automaticamente a ideia da loucura. A psiquiatria deriva do grego e significa “arte de curar a alma”.

É uma área muito abrangente. Está ligada ao emocional, sentimento do ser humano e o relacionamento interpessoal. Trata dos desvios humanos, dos transtornos mentais que podem ser muito diversificados. Desde ansiedade, depressão, transtornos obsessivos a distúrbio bipolar, esquizofrenia.

A psiquiatria tradicional realiza diagnóstico através de soma de sintomas e sinais, direcionando para um tratamento medicamentoso. O psiquiatra biológico apoia o tratamento nos psicotrópicos e há psiquiatras que baseiam o tratamento na medicação e na psicoterapia.

O psiquiatra que tem uma visão espírita faz um entendimento clínico bastante abrangente. Pode lançar mão de diversas alternativas ( alopatia, homeopatia, psicoterapia, fitoterapia,..), sendo o objetivo principal o encontro do ser com a sua essência. Pesquisa a história do indivíduo de forma profunda, para entender quais fatores influenciaram na formação do sintoma psíquico, mas precisa dar atenção tanto às dores da alma como aos desejos, sonhos e aspirações. Realiza o diagnóstico e baseia o tratamento numa ótica ampliada da tendência do ser. Sabendo que vencer uma tendência é algo bastante grandioso, sendo que pode ser uma tendência desta vida, ou pode trazer resquícios de outras existências. Considera importante não somente a clínica psíquica, física, a psicoterapia, mas também vai incentivar uma transformação interior , contando com todo o ensinamento contido na literatura espírita, muito semelhante a um tratado de psicologia.

O profissional espírita tem possibilidade de diferenciar quadros psiquiátricos de mediunidade, considerando que a psiquiatria tradicional pode medicalizar situações que podem estar ligadas a mediunidade. Há um livro, chamado Ala Dezoito, que exemplifica esta situação dramática de uma pessoa que começa a manifestar mediunidade e é visto como um caso psiquiátrico, chegando a uma internação . A visão espírita traz esta compreensão a mais, dando uma maior chance de recuperação. Na medida que considera o indivíduo um ser que tem matéria (físico), emoção (psíquico) e espírito, vai tratar o todo: avaliando com exames clínicos laboratoriais o físico, realizando o exame psíquico pela percepção clínica e podendo questionar sobre a religiosidade enfatizando a importância da mesma no encontro do equilíbrio pessoal.

Vale ter cuidado com o julgamento em relação à busca de ajuda psiquiátrica. Ouvimos muito o senso comum dizer que alguma doença psiquiátrica é falta de fé, ou que o tratamento medicamentoso prejudica ou bloqueia a mediunidade, ou que pode gerar dependência física, ou que o tratamento não vai permitir uma vida normal compatível com o trabalho. Bem, são muitos os tabus que envolvem o tratamento psiquiátrico. Vamos refletir: são muitas as provas desta vida, muitos desafios a vencer. É preciso encará-los de frente, aceitando a ajuda da ciência quando necessário, através de especialista cuidadoso, sendo este tratamento um facilitador para vencer e ultrapassar os obstáculos, trazendo equilíbrio, capacitação para realizar atividades do dia a dia, como trabalho, vida em harmonia familiar com respeito ao próximo, não bloqueando a mediunidade, e tendo toda cautela para não gerar dependência física. Não é possível generalizar, cada caso é um caso diferente do outro, mesmo que tenha o mesmo diagnóstico, pois são pessoas diferentes com histórias diferentes. O tratamento irá equilibrar o indivíduo, diminuindo os sintomas da doença, possibilitando o paciente se reconhecer sem os sintomas.

O psiquiatra espírita entende a doença psiquiátrica como uma oportunidade de evolução, e ajuda, ao longo do tratamento, que o paciente também entenda que a doença tem o papel de um acelerador na sua jornada. E pode lançar mão de tratamentos com medicação alopática (psicotrópicos), medicação homeopática, psicoterapia, e pode utilizar recursos ligados a medicina quântica ( tem como base a física quântica que considera as leis da física subatômicas).

“Na arte de curar a alma”, o especialista ajuda o paciente na lapidação de sua pedra bruta. E a cada reflexão, alívio de sintoma, novas atitudes e descobertas que o indivíduo vai fazendo, um novo brilho em seu interior vai surgindo. E com a persistência desta atuação a transformação vai ocorrendo, surgindo uma pedra preciosa com brilho intenso e muita luz. Este é o encontro com a verdadeira essência, com o lado Divino do ser.

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É bastante frequente, em algum momento da vida, o indivíduo se questionar sobre o sentido da vida.

Porque estamos aqui, qual direção tomar na vida e esses questionamentos, normalmente vem acompanhado de algum sentimento, seja de vazio, angústia, tristeza, insegurança, entre outros.

Não tenho o objetivo de responder, porque esta é uma tarefa muito pessoal, mas sim instigar a reflexão.

Considero que o objetivo maior de nossa estada neste planeta é para aprendermos a amar verdadeiramente. O ser humano acaba se perdendo nas ilusões, sejam elas a riqueza, poder, status, as paixões diversas, vícios de várias ordens. E assim, facilmente é esquecido o propósito principal. O amor pode estar ligado a diversos outros sentimentos e atitudes como compaixão, amizade, generosidade, benevolência, ternura, humildade, felicidade, fé, companheirismo, entre outros.

As pessoas, em geral, passam por muitas provas, dificuldades, sendo o objetivo principal, desenvolver características positivas, como as descritas. Se nós conseguíssemos ter uma visão mais ampliada da vida, poderíamos colocar mais foco no que realmente importa. É fácil ter amor por um familiar, um ente querido. Cabe refletir que somos todos parte de um sistema e que todos nós temos uma grande importância no mundo. Vamos comparar o indivíduo com uma célula e o mundo com o corpo humano. Se nossas células estão com bom funcionamento o corpo está em equilíbrio. Mas a partir do momento que alguma célula adoece, vai alastrando para outras células, tecidos, gerando um desequilíbrio e doenças. Desta forma, se cultivarmos pensamentos de negatividade, isso gera atitudes de uns para com outros, fazendo haver uma baixa vibração, e assim sendo alastrada de pessoa para pessoa que terão atitudes para com o planeta, como no corpo doente. Mas o contrário também é verdadeiro. Os bons pensamentos geram boas vibrações, contaminam pessoas gerando atos e mudança no planeta. Somos todos parte de um mesmo sistema, cada qual com sua função, e se houver uma união entre os seres, considerando que o objetivo maior é o aprendizado do amor, estaremos mais fortalecidos numa mesma direção sem distinção de raça, classe social, cultura, nacionalidade, religião. Somos todos iguais em objetivos, mesmo que cada qual encontre caminhos diferentes com o mesmo fim. Uma nova vertente e muito real, é que toda população está ligada numa grande rede, e sofre reações como no efeito borboleta, que se em alguma parte do planeta uma borboleta bater asas, terá uma reação em outra região do planeta. Assim somos nós os seres humanos que estamos sendo colocados à prova da vida, vamos unir forças. E ao olhar uma outra pessoa desconhecida poder ver a si mesmo. Será esta a resposta que temos que encontrar na charada da vida…

Dra. Vanessa Calhiarani Loschiavo
Psiquiatra e Psicoterapeuta
www.essenciadamente.com.br

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É da espécie humana, a insatisfação com o seu próprio estado. Mesmo havendo conquistas, é lançado olhar para aquilo que falta. É preciso a conscientização sobre este hábito, sobre esta dinâmica, sendo que muitas vezes não é percebida. É muito importante desenvolver a gratidão por tudo que nos cerca: pela vida, família, habilidades, situações favoráveis, pessoas difíceis que estão ao nosso lado e até situações desfavoráveis.
Nos bons momentos, dificilmente ocorre alguma grande mudança pessoal, uma superação. São as dificuldades da vida que podem ajudar a extrair o melhor de cada um. São nesses momentos que ocorrem as grandes transformações, muitas vezes com novas decisões, mudança de posicionamento de vida. Então, as dificuldades, sejam relacionamentos difíceis, a doença, a dificuldade financeira, podem ser oportunidades de verdadeiras transformações a depender como são vivenciadas. Uma grande dor emocional pode ser vivenciada com muita lamentação, culpa, raiva, desespero e depressão ou com aceitação, busca de resolução, reflexão e mudança de postura.
Quando há a compreensão interna de que dificuldades vividas são uma ponte para a transformação, por mais que se sinta dor, pode ser vivido com maior leveza e confiança no que está por vir. Pode dissolver a raiva e o sentimento de ser injustiçado pela vida. Acreditar que até o mal é para o bem, pode consolar e transmutar.
Assim, vamos agradecer sempre a tudo que nos acontece, o bem e o mal, boas pessoas e pessoas difíceis com quem se convive, as facilidades e dificuldades da vida.
A gratidão tem o poder de mudar padrões mentais. E novos pensamentos, mudam a vida!

Deixarei um link bem interessante para continuar esta reflexão:
www.umagradecimentopordia.com.br

Dra. Vanessa Calhiarani Loschiavo

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A medicina tradicional está baseada na alopatia, realização de diagnóstico, num raciocínio clínico pautado no histórico do paciente, conjunto de sintomas e sinais, exames clínicos e laboratoriais, o exame psíquico é complementar, ou se a doença é psiquiátrica pode ser central. O medicamento é a base da terapêutica, juntamente com hábitos saudáveis de vida. É próximo de tudo que vemos no dia a dia ao consultar um médico. As leis da física acima do átomo regem a medicina tradicional.

A medicina quântica está baseada nas leis da física sub atômica, física quântica, daí a dificuldade de compreensão total de seu funcionamento. Tem como início a consciência que determina o ser como um todo e “escolhe” todos os eventos que entrará em contato. Sendo responsável pela saúde e pela doença. Desta forma, o indivíduo pode adoecer pelos hábitos, pela forma inconsciente de lidar com a vida, ou seja maneira automatizada de viver. Desta forma é responsável pela doença, como também pela sua própria cura. A medicina alternativa como a acupuntura, homeopatia, medicina tradicional chinesa, ayurveda e a medicina mente-corpo vão de encontro com a medicina quântica.

Pode existir um desacordo da medicina alopática com a medicina quântica. Mas ambas podem ser aliadas na busca do equilíbrio do ser humano. A medicina integrativa poderia englobar qualquer vertente médica, seja a alopatia que é mais setorizada, ou a medicina alternativa que engloba o ser na totalidade. O mais importante não é determinar filosoficamente as diferentes formas de tratar e qual tipo de medicina pode trazer a cura, de forma competitiva. Unir forças de várias vertentes pode ser melhor, para o equilíbrio do ser, para a cura, para o encontro da saúde e do bem estar físico e mental.

Dra. Vanessa Calhiarani Loschiavo
Psiquiatra e Psicoterapeuta
www.essenciadamente.com.br

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Quantas vezes ouvimos pessoas dizendo para outras “você está bipolar hoje, hein ?” Sim, este termo bipolar já é bem conhecido, mas vamos esclarecer.

Transtorno afetivo bipolar, ou psicose maníaco depressiva é uma doença caracterizada por alternância de humor, ora com episódios depressivos, ora com euforia ou mania.

No episódio depressivo, o indivíduo sente tristeza, desesperança, falta de ânimo, isolamento, pode ter o curso de pensamento lentificado, com déficit de memória. Existem graus: leve, moderado e grave. A depender da gravidade é a limitação na rotina diária, podendo chegar a uma falta de adaptação total da pessoa à sua rotina.

No pólo de mania ou euforia, o paciente tem grande energia, apresenta uma aceleração do curso do pensamento, realiza atividades de forma desorganizada, sem finalizar as atividades. Tem certa irritabilidade, aumento da libido, compulsão por compras, insônia, agitação tanto motora quanto psíquica, ideias de grandeza, podendo ter sintomas psicóticos, também. Há diferentes graus de intensidade. Esta é uma fase que traz grandes consequências ao paciente, pois pode ter uma crise financeira, conjugal, não se adaptar ao trabalho.

Em geral, a pessoa prefere estar em mania, pois se sente mais viva, alegre. Há uma dificuldade natural em lidar com a depressão, que traz mais sofrimento.

Este é um quadro que pode passar quase desapercebido por familiares se tem uma pequena intensidade e não tem ciclos tão evidentes. Mas, certamente, causa sofrimento. O paciente pode não entender o que ocorre consigo mesmo, no sentido de vir uma força maior, ligada a parte da química cerebral, que leva às oscilações de humor.

Já os quadros de gravidade maior, ficam evidentes e podem levar até a internações como tentativa de tratamento e proteção, considerando que a internação deve ser vista como último recurso.

É possível o paciente com esse diagnóstico estar estável, ter o seu trabalho e se integrar em sua rotina, realizando o tratamento com medicamentos e psicoterapia. Depende da gravidade da doença e maneira que o indivíduo leva seu tratamento. No caso de interrupção constante, há muitos prejuízos pessoais e profissionais.

Deixarei uma indicação de leitura que é o livro: Uma mente inquieta: memórias de loucura e instabilidade de humor, de Kay Redfield Jamison

Este livro aborda a busca pessoal de uma psicóloga, com diagnóstico de Distúrbio bipolar, pela estabilização, é muito bom e ilustra bem a sua determinação.

Dra. Vanessa Calhiarani Loschiavo
Psiquiatra e Psicoterapeuta
www.essenciadamente.com.br

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A insônia é uma queixa frequente de diversos pacientes. É algo muito desconfortável e que desgasta muito o organismo, gerando doenças e distúrbios psíquicos.
Pode ser causada por transtornos psíquicos como depressão, ansiedade, síndrome do pânico, entre outros, como também, a falta de sono pode gerar esses quadros psiquiátricos.
A insônia pode ser primária ou secundária, sendo que a mais frequente é a secundária que é um sintoma de algum quadro clínico instalado, ou seja, secundária a algum transtorno psíquico, neurológico ou doença física.
A insônia primária se instala por alterações de mecanismos de sono e vigília. Não é secundária a outra condição.
O tratamento da insônia secundária é focado na condição que levou `a insônia, seja da depressão, ansiedade, entre outros quadros. E o tratamento da insônia primária é algo mais específico para o sono. É importante ressaltar que, em ambos casos, é preciso aliar medidas não farmacológicas às farmacológicas.
Em muitos casos, há indicação de uso de antidepressivos, benzodiazepínicos, indutores de sono, mas também pode-se lançar mão de novos hábitos de vida que contribui com o alívio da insônia.
É preciso ter uma boa higiene de sono:
1 – Realizar exercícios físicos apenas de manhã, ou nas primeiras horas da tarde,
2 – Comer refeição leve acompanhada de ingestão limitada de líquido durante o jantar,
3 – Evitar nicotina, álcool, bebidas que contenham cafeína,
4 – Providenciar que a cama, o colchão e a temperatura do quarto estejam agradáveis,
5 – Regularizar hora de deitar e levantar,
6 – Utilizar o quarto somente para dormir.

É muito comum que a pessoa com insônia tenha um grande desconforto a noite. A preocupação intensa e o mal estar relacionados com a possibilidade de não dormir geram um ciclo vicioso, pois quanto mais o paciente tenta dormir, mais fica frustrado e incomodado, prejudicando mais o sono.

Alternativas que podemos lançar mão para alívio da insônia são:
-Mudança do ritmo de vida, fazendo auto avaliação dos fatores causais,
-Abusar de chás calmantes com ervas como melissa, camomila, mulungu, juntamente com sucos de maracujá e alface,
– Utilizar homeopáticos e/ ou fitoterápicos,
– Realizar relaxamentos e fazer meditação antes de dormir,
– Fazer TFT que é terapia do campo do pensamento, fazendo tappings (batidas) em pontos de acupuntura com o campo do pensamento focado na dificuldade de dormir,
– Realizar psicoterapia na tentativa de aliviar algum desconforto emocional gerador da insônia ( no caso da insônia secundária), e a psicoterapia também pode ajudar o indivíduo a encontrar estratégias para lidar com uma insônia primária,
– Tratar o motivo da insônia na medida do possível, seja ela causada por um quadro clínico, como apnéia, síndrome das pernas inquietas, ou qualquer outro distúrbio metabólico, ou de ordem psíquica.

Lembrar que se o paciente utilizou diversos recursos que estavam ao seu alcance e não conseguiu aliviar a dificuldade de dormir, deverá procurar um psiquiatra para investigação específica e tratamento. É preciso ressaltar que a falta de sono é um sinalizador que algo não está bem e deve-se valorizar este sinal e mudar algo em favor de si mesmo. É importante ressaltar que o sono regular é muito importante para o equilíbrio do corpo e da mente.

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Num momento de grande angústia, preocupação, medo, ansiedade, é importante distanciar emocionalmente da situação. Tentar se olhar de fora. E para fazer isso pode levar um tempo. É necessário exercitar este movimento. Por isso, nos momentos de grandes emoções é melhor ponderar e não tomar atitudes, pois certamente seriam impulsivas.
A vida nos coloca a prova, com diversos desafios. No momento que estes surgem, podemos nos destemperar, acreditando que é um castigo, má sorte,…

O maior desafio de todos é vencer a si mesmo, não é? É mais fácil olhar para fora de si, para o mundo exterior, perceber o erro alheio. O difícil é avaliar quais características da própria personalidade não é adequada, e fazer uma revisão diária da consciência no sentido de se melhorar como ser humano. Para isso, é preciso aquietar a mente. Olhar para dentro, para seu mundo interior. Ter determinação e coragem para cada dia que passa dar um passo. Nos modificamos diariamente. A começar pela menor unidade do corpo, a célula que se modifica a cada minuto. O que dirá de nossos pensamentos. Assim não somos a mesma pessoa do minuto anterior.

Estamos neste mundo, certamente com um propósito grandioso e na maior parte do tempo não nos damos conta disso. Seja pela rotina diária. Pela falta de tempo de sequer pensar. Se estamos sofrendo por algo, a vida está mostrando, possivelmente que o caminho escolhido não é bom para seguir. Mas a desatenção a esses sinalizadores , ou o desligamento com a própria essência, não nos permite perceber essas dicas. Desta forma, surgem os desafios que nos faz parar tudo. Esses, são momentos muito importantes, de grandes transformações, permitindo mudar a rota da vida. São momentos que a pessoa pode adoecer ou se desequilibrar. E são novas chances de rever as escolhas realizadas. Na realidade, são esses desafios que nos tornam pessoas melhores, resilientes, maduros, ativam a criatividade, nos faz refletir e extrair o melhor.

Dra. Vanessa Calhiarani Loschiavo
Psiquiatra e Psicoterapeuta

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A ilusão é uma interpretação equivocada da realidade. E pode ser ocasionada por diversos motivos, como na busca de aliviar dor psíquica. Assim, alguma angústia não consciente e não tratada vai aumentando, criando a necessidade de alívio, mesmo que seja através de uma ilusão. Seja ela amorosa ou de outra ordem. Quantas vezes ouvimos:No caso de pessoas workaholics- “ tenho que trabalhar até tarde para garantir o futuro da família”. Será que o excesso é necessário? Ou também existe uma força que leva o indivíduo a se distancia r de si mesmo?

São tantas ilusões que o ser humano lança mão, constantemente, como assistir televisão por muito tempo, jogar games por várias horas, ingerir bebida alcóolica sem tantos limites, como utilizar entorpecentes, entre outras. São os entorpecedores da alma, a depender como são utilizados. O indivíduo pode lançar mão desses atos, numa busca inconsciente de alívio, distanciando-se mais e mais de suas necessidades emocionais. Neste ciclo, a ilusão, qualquer que seja ela, vai distanciando a pessoa de si mesma e das pessoas que a cercam.

O segredo está na medida. Trabalhar é importante, usufruir de uma televisão, de um jogo, mas ponderando ou mesmo beber socialmente, moderadamente.

Este mecanismo de defesa pode ficar instalado durante muitos anos, produzindo um desequilíbrio. Estamos falando dos vícios. Os vícios são mantidos muito frequentemente por uma ilusão. “É só mais um copo”, “preciso tanto daquele sapato”, “mereço assistir mais algo na TV, afinal não quero pensar em mais nada”, …

Para estar distante das ilusões e dos vícios, é preciso estar alerta:
– Na diversificação das tarefas,
– Atender as verdadeiras necessidades,
– Evitar extremos,
– Buscar sempre o caminho do meio,
– Não agir impulsivamente,
– Cuidar do emocional,
– Buscar ajuda profissional quando não conseguir a ponderação sozinho.

Dra. Vanessa Calhiarani Loschiavo
Psiquiatra e Psicoterapeuta

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Existe uma grande polêmica em relação `a legalização da maconha. Sou contra a legalização. Vou deixar aqui minhas argumentações, sempre a favor da saúde mental.

O uso da maconha recreativo pode gerar grande prejuízo na visão de mundo que fica distorcida. Os primeiros contatos com a maconha frequentemente ocorre na adolescência. Este é um período que o indivíduo está com o cérebro em formação. O cérebro humano não nasce pronto. Algumas regiões vão amadurecendo ao longo das primeiras décadas de vida. O lobo frontal continua se desenvolvendo até 25 anos de idade, por exemplo. Esta área é responsável por funções mais sofisticadas, como direcionamento da atenção, planejamento de tarefas e reflexão. Assim o uso precoce da maconha, em especial o abuso, faz com que regiões cerebrais não tenham um desenvolvimento pleno, causando prejuízo em algumas funções. O adolescente é um ser em processo de formação, isso tanto com relação `a função cerebral, como na vida social e estruturação da personalidade.

A esquizofrenia tem seu desenvolvimento, mais frequentemente na adolescência. O uso ou abuso da maconha nesta fase, pode também gerar sintomas psicóticos, ou seja, produzir alucinações e delírios. Frequntemente, surgem sintomas ligados a persecutoriedade. Um jovem que usa maconha tem chance maior de desenvolver um quadro psicótico.

O uso precoce e abusivo da maconha propicia a síndrome amotivacional (apatia), depressão e desengajamento escolar.

Vale refletirmos sobre os motivos que alguém necessita utilizar maconha.

É para diversão? Mas, será então que a diversão sem a maconha não seria plena? É preciso ficar com a falta muitas vezes para entender o que ocorre e não tentar tapar algum tipo de “buraco”, com um recurso externo como a maconha, por exemplo.

É para se incluir em algum grupo, e ser aceito? Muitas vezes, acreditar em sua própria opinião, e ter sua convicção, apesar da opinião alheia, pode ter muito valor.

São diversas as polêmicas que envolvem este assunto. Existem estudos que relatam o uso medicinal da maconha em casos de dor, efeitos adversos na quimioterapia e espasmos musculares da esclerose múltipla. Sempre que os avanços da medicina trouxerem novas diretrizes, temos que abrir a mente, mas sempre a favor da vida, saúde física e mental.

Dra. Vanessa Calhiarani Loschiavo
Psiquiatra e Psicoterapeuta


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