A Psicologia Analítica foi desenvolvida por Carl Gustav Jung, que iniciou sua teoria com Freud. Com o aprofundamento de sua obra divergiu de Freud em alguns pontos e iniciou uma nova teoria que deu início à Psicologia Analítica.
Na terapia analítica o inconsciente não é apenas um depositário de experiências passadas, desejos e instintos reprimidos, mas é também criativo, contém sementes de ideias novas e também as respostas para nossas angústias. Sendo assim trabalhamos com os sonhos, associação livre e expressões criativas, integrando o inconsciente com o consciente e buscando a totalidade do indivíduo. Buscamos um crescimento em direção ao “si mesmo” (self) que é a totalidade psíquica (consciente e inconsciente). Este processo é chamado de “processo de individuação”. Neste processo o homem torna-se o ser único que de fato é, realiza a sua potencialidade. Em terapia utilizamos diante dos sintomas e dificuldades a investigação “para que” muito mais do que o “por que”. As situações apresentadas durante a vida tem uma motivação para a nossa totalidade e ao entender para que aquela situação apareceu conseguimos transcender o sintoma e irmos mais em direção ao si mesmo.
Trabalhando com os sonhos buscamos a simbologia daquele conteúdo para o paciente e faremos uma ligação com o momento em que está vivendo e a cada integração destes símbolos há um desbloqueio das emoções que estagnavam ou perturbavam o paciente.
O indivíduo é um todo e não uma reunião de partes. A vida consiste em desenvolver esse todo até chegar ao mais alto grau possível de diferenciação e harmonia, de modo que o consciente e inconsciente não se dissociem. A terapia analítica busca ajudar o paciente a recuperar a unidade perdida, fortalecendo a psique e assim levar a uma harmonia consigo mesmo e com o universo.
Vamos entrar nas profundezas do inconsciente, reconhecer seus conteúdos e integrá-los à consciência. Levamos o indivíduo a não colocar a garantia da sua felicidade em fatores ou pessoas externas e sim num encontro consigo mesmo e dentro de si mesmo.
Quem se aventurar a iniciar a terapia irá desbravar o seu próprio universo interno. Será uma busca de si mesmo, onde a transformação levará a uma libertação de padrões. Padrões estes, que aprisionam nossos pensamentos e ações.
Todo o ser tende a realizar o que nele existe em germe, a crescer, a contemplar-se. O paciente participa juntamente com o terapeuta deste desenvolvimento. Durante a análise ajudamos o indivíduo a descer conscientemente às profundezas da própria alma, a reconhecer os conteúdos dela e integrá-los na consciência.
A terapia Junguiana acontece com sessões semanais de 50 minutos. Durante as sessões são feitos relaxamentos, imaginação ativa e trabalho com os sonhos. É um processo muito rico em que o paciente entrará em contato com seu mundo interno e com as questões inconscientes que fazem com que se repitam sempre os mesmos erros.
O homem só se torna um ser integrado, tranquilo, fértil e feliz quando o seu processo de individuação está realizado, quando consciente e inconsciente aprendem a viver em paz e completando-se um ao outro.
“Até você se tornar consciente, o inconsciente irá dirigir sua vida e você chamá-lo de destino”.
Carl Gustav Jung
