As ilusões e os vícios
A ilusão é uma interpretação equivocada da realidade. E pode ser ocasionada por diversos motivos, como na busca de aliviar dor psíquica. Assim, alguma angústia não consciente e não tratada vai aumentando, criando a necessidade de alívio, mesmo que seja através de uma ilusão. Seja ela amorosa ou de outra ordem. Quantas vezes ouvimos:No caso de pessoas workaholics- “ tenho que trabalhar até tarde para garantir o futuro da família”. Será que o excesso é necessário? Ou também existe uma força que leva o indivíduo a se distancia r de si mesmo?
São tantas ilusões que o ser humano lança mão, constantemente, como assistir televisão por muito tempo, jogar games por várias horas, ingerir bebida alcóolica sem tantos limites, como utilizar entorpecentes, entre outras. São os entorpecedores da alma, a depender como são utilizados. O indivíduo pode lançar mão desses atos, numa busca inconsciente de alívio, distanciando-se mais e mais de suas necessidades emocionais. Neste ciclo, a ilusão, qualquer que seja ela, vai distanciando a pessoa de si mesma e das pessoas que a cercam.
O segredo está na medida. Trabalhar é importante, usufruir de uma televisão, de um jogo, mas ponderando ou mesmo beber socialmente, moderadamente.
Este mecanismo de defesa pode ficar instalado durante muitos anos, produzindo um desequilíbrio. Estamos falando dos vícios. Os vícios são mantidos muito frequentemente por uma ilusão. “É só mais um copo”, “preciso tanto daquele sapato”, “mereço assistir mais algo na TV, afinal não quero pensar em mais nada”, …
Para estar distante das ilusões e dos vícios, é preciso estar alerta:
– Na diversificação das tarefas,
– Atender as verdadeiras necessidades,
– Evitar extremos,
– Buscar sempre o caminho do meio,
– Não agir impulsivamente,
– Cuidar do emocional,
– Buscar ajuda profissional quando não conseguir a ponderação sozinho.
Dra. Vanessa Calhiarani Loschiavo
Psiquiatra e Psicoterapeuta