Todos os indivíduos tem um corpo de dor. Este corpo de dor, segundo Eckart Tolle, ( no livro Um Mundo Novo – O Despertar de uma Nova Consciência) é um acúmulo de antigas dores emocionais que permanecem no momento presente. É do ser humano perpetuar, as emoções antigas através do pensamento. Esse corpo de dor pode ficar latente ou ser alimentado por pensamentos negativos. E ter esses pensamentos, como permanecer no passado através das lembranças pode fazer parte de um hábito antigo.

É comum a busca pela negatividade, logicamente de uma maneira inconsciente. Compreender que esta dinâmica do negativismo emocional se faz presente quase constantemente, é algo que pode chocar. É a ideia de haver uma auto sabotagem regularmente. O corpo de dor que é o campo de energia de emoções muito antigas, mas vivas, pode estar adormecido em alguns momentos, mas se alimenta dessa dinâmica negativa, quando ela surge. E quando a mente é dominada pelo corpo de dor, está instalada a negatividade. É quando pode surgir uma voz na cabeça contando histórias tristes, cheias de ansiedade e rancor. Há uma identificação com qualquer coisa que a voz diga, e uma crença nos pensamentos distorcidos. Instala-se um vício da infelicidade.

Estar disposto a não alimentar essas emoções pode ser decisivo na manutenção de uma boa saúde e do equilíbrio. A libertação dessa dinâmica inicia com a manutenção de um estado de presença que rompe a identificação com o corpo de dor. Quando o indivíduo se desliga do pensamento, começa a perder aquele tipo de energia. Segundo Echart Tolle, “a energia que estava presa no corpo de dor muda sua frequência vibracional e é convertida em presença. Dessa maneira o corpo de dor se torna combustível para a consciência”.

Exercitar manter a atenção no momento presente, ao invés de mergulhar nas histórias produzidas pela mente, é fundamental no processo do despertar da consciência. Assim, a presença se torna a identidade e não os pensamentos e a emoção. A ideia principal é, ao invés de culpar a escuridão, acender a luz!

Dra. Vanessa Calhiarani Loschiavo
Psiquiatra e Psicoterapeuta

Matriz Divina é um termo usado por Max Planck, o pai da teoria quântica, em 1944. É feita de uma modalidade de energia que é diferente de tudo que foi conhecido no passado, e por isso que os cientistas demoraram para descobri-la. Ela aparenta uma rede de malha bem apertada, é uma rede que constitui o tecido do universo.

Essa energia descoberta, recebeu nomes diferentes, como:
– Mente da natureza , por Edgar Mitchell, o primeiro astronauta espacial da nave Apollo;
– Holograma quântico, por Michio Kaku, físico e
co-autor da teoria das supercordas;
– Mente do Universo, descrito nos evangelhos gnósticos do século IV.

A Matriz Divina tem três princípios:
1- Todas as coisas estão conectadas dentro da Matriz Divina,
2- A Matriz Divina é holográfica, o que significa que qualquer parte do campo contém tudo o que existe no campo,
3- A Matriz é o recipiente que contém o tempo, e indica que o passado, o presente e o futuro estão ligados.
Existe alguma força, um campo, uma presença, constituindo uma grande rede que nos liga uns aos outros, que nos une ao nosso mundo e a um poder maior.

Talvez você esteja se perguntando porque uma psiquiatra estaria tentando escrever algo relacionado a energia, universo ou física quântica????
Acredito que podemos curar as nossas dores, que não devemos apenas ser espectadores da nossa saúde ou doença.
Os cientistas estão tentando explicar como conseguimos mudar nossa realidade.

Mas, como podemos participar de nossa cura ou da cura de nossos entes queridos? Qual é a linguagem que acessa a Matriz Divina? Quais são os códigos que abrem as portas de todas as possibilidades? Como ocorre essa troca de energia descrita como um salto quântico?
A linguagem é a do sentimento. Precisamos sentir a cura, a abundância, a paz, o bem estar como se tivesse ocorrido aquilo que desejamos. Sem estar tomado do desespero e sem ter forte apego pelo resultado. Desta forma, criamos um universo participativo. Ao sentir a cura e estarmos envolvidos pela paz do universo, estamos usando o código que abre a porta de todas possibilidades. Criamos uma troca de energia, como a descrita no salto quântico. A mensagem da Matriz Divina ocorre através do sentimento e como sentimos o tempo todo, enviamos essa mensagem constantemente.

Então, o campo responde ao poder das emoções humanas. Podemos nos comunicar com esta energia que conecta com todas as coisas, curar nosso corpo e dar vida aos nossos sonhos.
Essas reflexões estão baseadas no livro A Matriz Viva de Gregg Braden.

Dra. Vanessa Calhiarani Loschiavo
Psiquiatra e Psicoterapeuta

É muito comum haver certa resistência na busca de um psiquiatra. Ainda existe um certo preconceito. Muitos dizem não querer usar medicação, porque poderia ficar dependente ou “dopado”. Existem muitos mitos em relação ao que se compreende dos psicotrópicos. Há uma gama diversa de medicamentos que podem ser utilizados e que não causam dependência física. Havendo uma indicação precisa e manutenção do tratamento, combinado também com psicoterapia, a possibilidade de dependência é pequena. Se no tratamento for usado algum benzodiazepínico (que é uma classe de medicamento que pode dar dependência, com o mau uso – em altas doses ou por longo período de tempo), é preciso atenção e utilização do mesmo somente como coadjuvante e não tratamento principal.

A adolescência é uma fase da vida de transformação, o indivíduo se separa das ideia dos pais. O adolescente está numa fase descoberta de suas mudanças internas, mas não está pronto para assumir as responsabilidades de um adulto. Procura estar ligados a grupos, busca exemplos de pessoas, ídolos, ou esportistas, educadores para construir seu caráter e comportamento.

É preciso diferenciar o adolescente com comportamento atípico de uma busca pela própria identidade.

A família do adolescente pode interpretar algum comportamento mais isolado, irritadiço como uma fase de transformação da adolescência, mas o dado que mais pode ser levado em conta é uma quebra de rotina que tinha habitualmente. É importante ter um alerta se o adolescente permanece fechado a maior parte do tempo em seu quarto, se só tem amigos virtuais, passa maior parte do tempo em games, sempre tem um não como resposta, é explosivo, irritadiço ou agressivo. Ou apenas não tem vontade de fazer atividades habituais que davam prazer, pode manifestar um aborrecimento constante diante de coisas que fazia antes como jogos, esportes, sair com amigos, ir à escola. Demonstra apatia, preguiça e diminuição das atividades, culminando na tristeza. Vale um cuidado extra, pois o desconforto da depressão pode ser um facilitador da busca de alívio pelo abuso de álcool ou drogas.

Nem sempre a depressão no adolescente se manifesta como no adulto na forma de desânimo. Ela pode se manifestar de diversas formas, como ter um caráter de maior irritabilidade, agitação ou agressividade. E o adolescente frequentemente não entende bem o que está acontecendo consigo mesmo, diferente do adulto que tem uma percepção maior de si mesmo.

As causas da depressão pode estar ligada a predisposição familiar, vivência de momento de conflito familiar ou pessoal, dificuldades de socialização, abuso de álcool e drogas, dificuldade no rendimento escolar, alterações hormonais próprias da adolescência, como também emocionais ligadas às mudanças comportamentais e físicas.

A Depressão na adolescência é um transtorno de humor que pode se manifestar com tristeza, irritabilidade, desânimo, alteração de sono, cursando com insônia ou hipersônia, aumento ou diminuição de apetite, queda no rendimento escolar, autodepreciação, instabilidade de humor, modificação no comportamento na escola.

É preciso de supervisão, pois podem buscar fazer uso de substâncias psicoativas, como álcool e drogas na tentativa de aliviar os sintomas depressivos.. A adolescência é fase de insegurança, devido a transformação que está ocorrendo. É muito importante o diagnóstico, como também o tratamento que deve ser feito o quanto antes, para que não cronifique este quadro e para que o adolescente não se reconheça através de sintomas depressivos. Viabilizando um bom desenvolvimento na vida adulta.

Dra. Vanessa Calhiarani Loschiavo
Psiquiatra e Psicoterapeuta

A insônia é uma patologia, na qual os indivíduos trazem queixas relacionadas à dificuldade de iniciar o sono, manter o sono e, ou despertares precoces, impactando na funcionalidade diária, em diversas áreas de atuação, do ser humano.

Segundo estudos recentes a insônia crônica, não só é fator de risco bem estabelecido, para o surgimento de diversos transtornos mentais, como transtornos depressivo, de ansiedade e dependência química, como também para o surgimento e piora da obesidade e o aumento da pressão arterial.

A curta duração do sono, leva ao aumento dos índices de IMC, já que contribuem, para a elevação da resistência insulínica periférica e para alterações comportamentais e psíquicas, que o indivíduo assume, após ficar privado do sono, elevando os riscos de obesidade e diabetes.

Para começar, é recomendada a higiene do sono, na qual o paciente precisa adotar mudanças comportamentais, tentar manter uma rotina para iniciar o sono e o despertar, em ambiente tranquilo, com o mínimo possível de estímulos luminosos, principalmente aparelhos eletrônicos, evitando alterá-la aos finais de semana ou mesmo férias. Estima-se que o ideal seria uma duração de 7,5 horas de sono por noite.

A terapia pode ajudar o paciente nessa tarefa, melhorando a agenda diária, além de identificar pensamentos distorcidos que prejudicam o iniciar do sono. Isso vale para todos de casa, principalmente os pais que devem incentivar os filhos, já que as crianças aprendem por observação.

Sendo assim, a obesidade é uma patologia que necessita de uma equipe multidisciplinar. O papel do psiquiatra, será identificar e tratar os sintomas e transtornos que podem causá-la, como por exemplo a má qualidade do sono!

Dra. Lilian Bruza,
Psiquiatra e Psicoterapeuta

TRANSTORNO DE APRENDIZADO

O transtorno de aprendizado é uma dificuldade na aquisição e uso da escrita, fala, escuta, leitura, raciocínio ou habilidades matemáticas. O indivíduo tem um resultado abaixo do esperado para o seu nível de desenvolvimento, escolaridade e capacidade intelectual.

O Transtorno de Aprendizado é diferente da Dificuldade de Aprendizado. Na Dificuldade de Aprendizado existe uma defasagem pedagógica, podendo ser resolvido no âmbito escolar. Pode ser uma não adaptação a metodologia pedagógica, por uma maneira diferente de aprender.

O Transtorno de Aprendizado é um transtorno do neurodesenvolvimento, tendo origem biológica que influencia a capacidade cognitiva do cérebro em perceber, processar informações verbais ou não verbais com eficiência. Neste caso, existe uma disfunção neurológica.

Podem ser divididos em três transtornos:

• Transtorno de Leitura- conhecido como dislexia. Existe a dificuldade de reconhecimento de palavras escritas, problema na decodificação e dificuldade na ortografia. É um distúrbio específico de leitura, não havendo dificuldade visual ou auditiva, nem rebaixamento do nível de escolaridade. Pode haver tanto dificuldade na fluência de leitura, como também pode ter uma boa leitura, porém uma dificuldade na compreensão do texto lido.
• Transtorno da Matemática- também conhecido como discalculia. Existe uma dificuldade de senso numérico, conceitos matemáticos, raciocínio lógico, como também na associação dessa habilidade com o mundo que a cerca. É muito comum este transtorno estar associado com a dislexia.
• Transtorno de Expressão Escrita- é uma dificuldade de compor textos escritos com erros ortográficos, gramaticais, erros de pontuação, organização de frases inadequadas e expressão escrita sem clareza.

É muito comum o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade apresentar o Transtorno de Aprendizado, de forma concomitante. Pode estar presente em alguns dos transtornos descrito acima, ou pode apresentar as três dificuldades. Isto se deve a baixa concentração de dopamina e/ou noradrenalina na região frontal, gerando a falta de atenção, hiperatividade e impulsividade.

O Distúrbio de Processamento Auditivo Central também pode estar presente no Transtorno de Aprendizado. É uma dificuldade de compreensão das informações escutadas, ou seja, o indivíduo detecta o som, mas não consegue interpretar as informações contidas nele. É uma disfunção neurológica.

O tratamento desses transtornos é interdisciplinar, várias especialidades podem ter uma intervenção para melhorar a qualidade do aprendizado, como psicólogos, psicopedagogos, fonoaudiólogos, psiquiatras.

Os educadores necessitam de um maior conhecimento nesta área, pois uma não compreensão do quadro pode gerar ainda mais problemas, considerando que o Transtorno de Aprendizado já é uma condição geradora de sofrimento não só para a criança como também para os familiares. Os professores, coordenadores e diretores da escola necessitam conhecer sobre este assunto para que possam colaborar no processo de aprendizado. Essas crianças necessitam mais de estímulo e compreensão de suas limitações do que julgamento.

No Transtorno de Déficit de Atenção é muito comum o indivíduo esquecer objetos, tarefas, perder pertences. Nas crianças, esquecer material escolar, lição de casa, agasalhos. Isso pode atrapalhar muito a rotina diária, pois trazem entraves grandes, quando se repetem.

Tem uma técnica japonesa de redução de erros no trabalho de nome SHISAKANKO que pode ser traduzida por apontar e falar. Surgiu no início do século XX, nas linhas férreas japonesas para checar se está tudo em ordem com a sinalização e para redução de acidentes. Pode ser usada em diversas tarefas, como checagem de planilhas, em qualquer tarefa a ser realizada e pode ajudar as crianças na arrumação do material escolar, garantindo que não se esqueceu de nada. Esta técnica pode ser transferida para conteúdos da matemáticas, regras no aprendizado de uma língua, na formação de uma frase por exemplo. E pode ser utilizada por pessoas com Déficit de Atenção, para se monitorarem no dia a dia.

A junção do falar e apontar, muito provavelmente tem o objetivo de trazer o pensamento para o momento presente, sendo que no Déficit de Atenção, o pensamento é facilmente disperso, podendo estar na fantasia de uma situação, ou ficar na lembrança de algo, como na preocupação de situação futura.

É muito interessante esta prática e vai de encontro com o que se propaga na atenção plena, um tipo de meditação que ajuda o indivíduo se manter no presente, podendo ser um antídoto para pessoas que tem um padrão mais desatento.

A ideia é que qualquer indivíduo pode transformar suas dificuldades em qualidades, a depender da postura que assume perante o mundo. Na verdade, as dificuldades são ajudantes para cada ser extrair o seu melhor, se fortalecendo emocionalmente.

Deixarei o link da reportagem:

https://youtu.be/zUMJ0lAWpx0

Quem nunca sentiu ansiedade? Sabe, é aquela sensação interna, desagradável, vaga, de apreensão. Muitas vezes acompanhada de desconforto na boca do estômago, aperto no peito, tremor, suor frio, vontade iminente de ir ao banheiro, dor de cabeça, inquietação, vontade de ficar andando de um lado para outro…

Então, quando acontece em um nível mais baixo, é considerada normal e adaptativa, já que serve como um sinal de alerta e adverte sobre ameaças futuras, imprescindível à auto proteção do indivíduo. Assim como o medo, que é uma resposta emocional à uma ameaça real e percebida.

Porém, quando essas sensações, passam a ser excessivas e persistentes, p ex.,em geral durando mais de 6 meses, podem ser consideradas patológicas e são diagnosticadas como transtornos de ansiedade. Entre os transtornos mentais, estes são os mais prevalentes, entre eles estão: fobias específicas, fobia social, ansiedade de separação, transtorno de pânico, transtorno de ansiedade generalizada e agorofobia

Eles trazem um custo significativo para a sociedade, já que há enorme disfuncionalidade nas diversas áreas de ocupação, além de serem fatores de risco para diversas condições médicas, como; doenças cardiovascular, respiratória, artrite e enxaquecas.

Sendo assim, é indicado passar com o especialista, o psiquiatra, que fará o manejo entre o uso de psicotrópicos, que são muito efetivos, para reestabelecer o equilíbrio dos neurotransmissores cerebrais, associado à psicoterapia, que ajudará na reprogramação cerebral das distorções cognitivas e das crenças do paciente.

Dra Dra Lilian Bruza – Psiquiatra e Psicoterapeuta