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TRATANDO O SER : HOMEOPATIA, PSIQUIATRIA, PSICOTERAPIA E TFT

Acredito na importância de avaliar o indivíduo de forma completa, englobando o psiquismo e doenças físicas. Assim, a associação da Homeopatia, Psiquiatria, Psicoterapia e TFT ( Thought Field Therapy) , pode ajudar na integração dos vários sistemas. Pensando no psiquismo como um maestro regendo uma orquestra composta pelos diversos órgãos , sejam eles estômago, coração, etc. Se há uma harmonia emocional é como se todos os outros sistemas também estivessem integrados numa mesma sintonia, compondo uma bela sinfonia.
Vamos pensar numa avaliação psiquiátrica para, se necessário, viabilizar que a personalidade do indivíduo possa não estar abafada, bloqueada pelos sintomas psíquicos. Desta forma, possibilitando que o indivíduo perceba quem realmente é sem os sintomas de angústia extremo, de ansiedade, depressão ou outros. É muito comum o indivíduo acreditar ter uma determinada característica, mas estar confundindo-se com algum sintoma e um tratamento psiquiátrico associado `a uma psicoterapia pode ajudar a pessoa a encontrar a sua essência.

Na Homeopatia, avalio o paciente de forma completa, todos os sistemas. Muitas vezes, pode ser usada separadamente ou em associação `a alopatia, a depender da gravidade do quadro. O interessante é que pode tratar algum distúrbio metabólico, ou algum efeito colateral que uma medicação alopática produz, ou o desgaste de algum órgão. Assim, a combinação do psicotrópico com a Homeopatia pode ajudar bastante até na adaptação da medicação ou algum eventual efeito adverso.

TFT – Thought Field Therapy ou Terapia do campo do pensamento é uma técnica de acupuntura sem agulha. É baseada nos pontos de acupuntura do meridiano da acupuntura chinesa, juntamente com ativações cerebrais. Ensino a técnica para o próprio paciente se aplicar em momentos de maior desconforto emocional. E esta técnica vem ajudando na redução de medicamentos psicotrópicos, como até na suspensão deles em alguns casos. Pode ajudar a quebrar um ciclo instalado, seja ele um pensamento recorrente, uma atitude de sabotagem, um trauma, ou diversas outras situações, reduzindo até sintomas de pânico.

O conjunto destas abordagens pode trazer maior alívio, diminuição do sofrimento, para que o melhor do ser possa aparecer. Desta forma, o indivíduo pode descobrir suas próprias habilidades, vivendo com mais prazer e de forma harmônica.

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COMO MANTER A INDIVIDUALIDADE NO CASAMENTO

O casamento é a opção de muitas pessoas. Temos um maior atrito, muitas vezes, com a pessoa que está ao nosso lado diariamente. E é com esta pessoa que temos mais liberdade e em quem, frequentemente, despejamos nossas frustrações. Somos mais polidos no trabalho, ou socialmente. Mas, não seria importante termos maior cuidado com a pessoa com quem compartilhamos o nosso lar?
Será que conseguimos estar bem num relacionamento, seja ele um namoro ou casamento, se não estamos bem conosco mesmos?
É fato que carregamos um passado, desde a infância, e algo inacabado, alguma situação de trauma ou mal resolvida pode gerar conflitos internos e estes serem transferidos para o relacionamento.
É preciso estar sempre voltado para si mesmo percebendo as próprias dificuldades, de forma consciente. Se preciso, buscar uma psicoterapia que pode ajudar muito neste processo, ou mesmo, se necessário, um tratamento psiquiátrico se os sintomas estão mais intensos e gerando um prejuízo maior.
Gostaria de compartilhar que nos últimos meses, algumas pessoas me procuraram para tratamento e depois viram a necessidade de indicar que seus cônjuges também viessem conversar comigo. Iniciei, então tratamento individual com ambos. Concluo que se cada cônjuge tratar suas questões próprias, aceitando ultrapassar seus obstáculos, irão entender um ao outro de uma outra forma, podendo estar mais próximos de suas necessidades, e assim preservando sua individualidade, gerando um laço do matrimônio mais fortalecido e produzindo mais harmonia na convivência.

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É um transtorno de aprendizagem específico, causado por disfunção neurológica que se manifesta como uma dificuldade no aprendizado dos números. A criança tem uma inteligência normal e o distúrbio não é causado por má escolarização, déficits visuais nem auditivos.
A Discalculia é uma versão numérica da dislexia. Pessoas com Discalculia também são propensas `a dislexia, Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, e até mesmo manifestação do espectro autista.
Crianças com Discalculia tem dificuldade de identificar sinais matemáticos, montar operações, classificar números, entender princípio de medidas, seguir sequências, compreender conceitos matemáticos, relacionar valor de moedas entre outros.
Butterworth e sua colega Diane Laurilard, neurocientistas do Instituto de Educação de Londres, acreditam que a Discalculia está arraigada a um sentido deficiente de noção de quantidade, senso numérico, e não como outros teóricos propuseram, em deficiências de memória, na atenção ou na linguagem. Isso é algo que está em discussão entre os cientistas. Butterworth e Diane criaram um conjunto de jogos educativos chamado Number Sense. Esses programas vem fazendo com que crianças com Discalculia progridam no aprendizado da matemática. Algumas escolas em Londres já utilizam esse programa criado por Butterworth, e escolas de outros países, como Cuba e Cingapura também devem adotar este sistema em breve.
Existem alguns aplicativos para iPad que ajudam a desenvolver a habilidade com números, como: NumberBonds, BondBoard, Math Evolve e um jogo para computador de nome The Number Race.
Os neurocientistas estão aprofundando estudos para entender qual é a origem da disfunção neurológica da Discalculia. Acredita-se que os discalcúlicos apresentam uma atividade menor no sulco intraparietal.
É importante o diagnóstico porque a criança com dificuldade do senso numérico pode ficar muito angustiada com a falta de entendimento, podendo ficar irritada e agressiva. O adulto pode ter dificuldade relacionada a trabalho, podendo levar ao desemprego.
Pensando na plasticidade cerebral, o treino específico com números seja através dos jogos, ou num trabalho psicopedagógico pode contribuir muito no desenvolvimento do senso numérico.

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Podemos cuidar dos nossos sentimentos a depender a o que nos ligamos. Uma música que ouvimos, ou um filme que assistimos ou até um livro que lemos. Tudo isso despertam sentimentos que podem ser de alegria, tristeza, medo e outros. Uma forma de cuidar das emoções pode ser fazendo uma leitura reflexiva, assistindo um filme com tema de superação, ou documentário que tenha uma mensagem positiva.

Vamos analisar como nos sentimos depois de assistirmos noticiário de violência algo tão comum na TV. É comum ficarmos temerosos, ansiosos, não?
Assim, podemos fazer escolhas a favor de uma harmonia emocional.
Os sentimentos levam ao surgimento de pensamentos que frequentemente estão em sintonia com esses sentimentos. É comum uma pessoa poder ter diferentes pensamentos, atitudes ou interpretações a uma mesma situação a depender do estado de espírito que se encontra.
Mas afinal, de que outras maneiras podemos cuidar de nossos sentimentos e como consequência cuidar de nossos pensamentos?
Acredito que é importante desligar o modo automático de viver, e perceber se estamos satisfeitos com os vários setores da vida. Se não estamos, o que estamos fazendo para a busca de alívio? Vale perguntar o que é possível fazer para estar em sintonia com as próprias necessidades, com a sabedoria interior. Desta forma, cuidamos de nossas emoções.
Também é importante cuidar de nossos pensamentos. E já cuidamos deles na medida que cuidamos dos sentimentos.
Assim, podemos perceber também a importância do pensamento, que sendo recorrente, num tema de preocupação ou de tristeza, pode gerar transtornos psíquicos, principalmente se estes pensamentos se perpetuam por muito tempo.
É comum as pessoas viverem de forma automática e nem se darem conta de seus pensamentos. E assim, silenciosamente vão alimentando os desconfortos emocionais. Cada vez que os pensamentos negativos vão se estruturando, cristalizando, vão tomando maior força e iniciando os transtornos psiquiátricos.
Vamos refletir: Os sentimentos levam `a pensamentos e estes `a atitudes. Uma vez instalado algum transtorno psiquiátrico que pode ser depressão, ansiedade, síndrome do pânico, transtorno obsessivo compulsivo, ou outros, deve-se fazer o caminho oposto. Cuidar das atitudes, tentando minimizar os impulsos ou isolamento, algo ligado aos atos, para depois cuidar do que se fala que representa o pensamento, para mudar a sintonia dos sentimentos e emoções. Muitas vezes, após instalado um quadro psíquico é preciso de um tratamento medicamentoso para que o indivíduo consiga ter controle de suas atitudes, da fala e depois das emoções.
Com o objetivo de cuidar dos sentimentos e dos pensamentos, nesta semana deixarei sugestão de livros, filmes e documentários que possam colaborar com um pensamento otimista, de confiança, colaborando na melhora do astral e do estado de ânimo.

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TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE (TDAH) NO ADULTO

O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade no adulto pode ser mais brando, ou ter características diferentes.
É comum a hiperatividade ficar mais amena na adolescência e na vida adulta ou se manifestar de outra forma. Ela surge como agitação, inquietação, seja mexendo as pernas constantemente sem se dar conta, roer unhas, andar de um lado para outro ou ter a necessidade de levantar o tempo todo.
A impulsividade pode ainda manifestar nesta fase da vida, o indivíduo pode ter uma ideia e partir para ação sem ponderar prós e contras.
A desatenção ocorre frequentemente, faz com que o portador de TDAH tenha que ler mais de uma vez a mesma coisa, e por isso a dificuldade de terminar de ler um livro.
Pode não conseguir realizar tarefas por si só, precisando de um estímulo externo para iniciar tarefas simples, do cotidiano, ou pode ser difícil iniciar o dia de manhã. Ocorre com frequência, um desgaste ao longo da tarefa, muitas vezes não terminando o que começou, parecendo estar cansado. Pode ter dificuldade em administrar suas emoções, frustra-se facilmente, ficando irritado, podendo ter explosões de raiva.
Tem problemas com a memória, tendo esquecimento de atividades que realizou, perdendo objetos facilmente, não lembrando de compromissos, ou tendo dificuldade de administrar o tempo.
As pessoas com TDAH com características mais hiperativas são muito ativas, procuram se ocupar o tempo todo, tendo até desconforto quando descansam, devido aos pensamentos que surgem em grande quantidade, tem afinidade por atividades mais intensas que trazem emoções.
Já indivíduos com TDAH de caráter desatento, são mais lentas, desvitalizadas, sem energia, distraídas, esquecidas, com dificuldade de administrar o tempo.
Assim, TDAH pode se manifestar de formas diferentes em diferentes pessoas.
Há algumas pessoas que apresentam apenas traços de TDAH, e é importante avaliar se as dificuldades causam um impacto negativo em termos profissionais, familiares, pessoais. Caso haja uma falta de adaptação, é válido a busca de ajuda para que não surjam outros quadros psíquicos que podem se sobrepor ao TDAH.

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Metilfenidato é chamado de forma crítica da droga da obediência. Muitas pessoas realmente não compreendem a necessidade de utilizar esta medicação. Dizem que leva `a dependência física, que retardam o crescimento de crianças e adolescentes , que vale mais conversar com a criança e impor limites do que tomar medicação.

Em medicina, temos que sempre estar pesando o riscos e benefícios de um tratamento. Após realizar um histórico detalhado, entendendo a postura dos pais, muitas vezes realizando avaliações como a neuropsicológica e fonoaudiológica, tendo assim fechado o diagnóstico de Transtorno de Déficit Atenção e Hiperatividade( TDAH), parte-se para o plano de tratamento. O tratamento com o metilfenidato deve ter uma indicação bastante precisa, pode muitas vezes ser associado a outros medicamentos conforme a necessidade. O Metilfenidato é um psicoestimulante que age em áreas cerebrais que teriam uma ação inibitória sobre o pensamento humano, propiciando maior atenção, planejamento, melhor análise de consequência e ponderação. Este medicamento não causa dependência se utilizados nas dosagens prescritas. Alguns estudos recentes sugerem que adolescente com TDHA que estão tratados devidamente ficam menos propensos ao uso abusivo de álcool e outras drogas. Estes adolescentes não tratados ficam com tantos desconfortos que podem procurar no álcool ou nas drogas uma maneira errada de se automedicar. Algo que vejo com frequência no consultório. Pesando o risco e benefício, é melhor evitar os desconfortos, impulsividade, desatenção, falta de sociabilização e de adaptação do que o uso do medicamento sob supervisão médica séria.
Outros estudos relatam que o metilfenidato está ligado `a redução do peso e não do crescimento, da estatura. A possível redução de peso pode ser devido ao efeito colateral desagradável que é a redução do apetite, que pode ser amenizado ao longo do tempo, ou encontrando outra alternativa medicamentosa.
Quanto ao limite que deve ser colocado, concordo que isso é muito importante, porém muitas vezes a criança não responde e age de forma exacerbada podendo perder o controle. Quando é iniciado o tratamento, a criança torna-se mais flexível aceitando melhor as regras impostas.
É preciso lembrar que o acompanhamento psicoterápico é muito importante e caminha ao lado do tratamento medicamentoso.
O que acontece hoje, é a prescrição desta medicação indiscriminadamente e sem uma avaliação precisa.
O mais importante é proporcionar para aquele ser que sofre uma alternativa de tratamento, para que tenha alívio. Mesmo que necessite de uma medicação. Vamos pensar : É preferível viver de forma desadaptada sem medicamento ou estar bem com uma boa qualidade de vida tomando uma medicação?
Espero que cada pessoa encontre a sua fórmula de viver bem.

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Somos seres humanos com aptidões, gostos, características diferentes. Isso se deve a vários fatores, que podem ser culturais, hábitos, carga genética como também o funcionamento cerebral.
Como vimos anteriormente uma disfunção numa área cerebral pode ser compensada com uma função aumentada em outra área, levando `a uma habilidade.
É comum as análises de grandes personalidades, gênios sob a ótica da psiquiatria, como: Van Gogh que alguns autores afirmam que poderia ter distúrbio bipolar, por suas variações constantes de humor, como também o escritor Edgar Alan Poe. Albert Eisnten apresentava dificuldades escolares, não envolvia-se facilmente em brincadeiras, ficava horas concentrado num mesmo problema, é levantada a hipótese que ele tinha dislexia. Desenvolveu a Teoria da Relatividade e ao ser questionado como chegou `a essa teoria disse que um adulto normal nunca para para pensar sobre problemas do espaço e do tempo.
Leonardo da Vinci era pintor, arquiteto, botânico, urbanista, cenógrafo, cozinheiro, inventor, geógrafo, físico e até músico. Existem suspeitas que era disléxico devido sua escrita da direita para esquerda e possivelmente tivesse déficit de atenção, justificado por tantas obras inacabadas, e por ter uma maneira diferente de ver as coisas. Ele dizia: ”Muitos veem , mas não enxergam”. Mozart apresentava um comportamento inquieto, impulsivo era desorganizado e resistente `as normas estabelecidas, muito similar a Hiperatividade e Déficit de atenção. Achava enfadonhas as óperas antigas e inovou com Dom Giovani e A Flauta Mágica.
Cada pessoa tem um funcionamento cerebral próprio e indivíduos com algum transtorno como dislexia e déficit de atenção tem uma grande tendência a serem pessoas muito criativas. Talvez por terem um maior funcionamento do hemisfério direito do cérebro. Desde que a pessoa esteja um pouco adaptada e apresente uma avalanche de pensamentos como na hiperatividade, distúrbio bipolar, isso
pode ter um caráter positivo a depender de qual uso faz de suas próprias características.
Trouxe essas informações para refletirmos que a dificuldade psiquiátrica não limita o ser como um todo, é possível que cada um perceba o que tem de melhor.
Cabe aos pais de crianças, ou pessoas com distúrbios psíquicos ver além da dificuldade, colocar foco na habilidade, cada qual encontrando sua própria fórmula de superação.

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AO TDAH tem um caráter hereditário. É comum existir traços do quadro em parentes da criança que tem TDAH, ou mesmo familiares com histórico muito parecido da criança que está sendo tratada. A única diferença é que não foi diagnosticado na infância por não buscar ajuda e possivelmente ser visto como uma criança arredia, mal comportada ou agressiva.

O Distúrbio de Déficit de Atenção e Hiperatividade ocorre como resultado de uma disfunção neurológica no córtex pré-frontal. O lobo frontal é responsável pela ação reguladora do comportamento humano. Está ligado `a: fazer manutenção dos impulsos sob controle, planejar ações futuras, regular o estado de vigília, filtrar estímulos irrelevantes, que são responsáveis pela distração, acionar reações de luta e fuga, estabelece relação direta com o centro das emoções ( sistema límbico), com o centro da fome e da sede, com o grau de disposição física e mental. Esta região recebe menor irrigação sanguínea e tem menor funcionamento. O lobo frontal é responsável por mandar sinais inibitórios para outras áreas do cérebro, reduzindo a atenção para estímulos do meio ambiente externo para que possa haver a concentração. Quando há uma hipoatividade desta região cerebral, não ocorre estes sinais inibitórios e o cérebro é bombardeado de estímulos, levando `a distração. Uma função do lobo frontal é a análise das consequências de ações futuras que estando afetada pode levar `a atitudes impulsivas, ou inadequadas, dificultando também o aprendizado através do erro, ou seja, a criança pode persistir no mesmo erro por não ter aprendido com a situação anterior.
De forma geral, considerando que lobo frontal tem um caráter inibitório, cabe `a ele freiar o cérebro humano no que diz respeito aos pensamentos, impulsos e velocidades de suas atividades físicas e mentais.
Sabemos que a sede estrutural do TDAH está no lobo frontal, mas é importante saber que todas as regiões cerebrais interligam-se através de redes neuronais não ficando então restrita ao lobo frontal, mas também `a maneira que esta região se conecta `a outras. É por isso também que temos uma variação grande da clínica do TDAH, tendo quadros com predominância de desatenção, outros com hiperatividade, outros com impulsividade ou a concomitância entre eles.
Existe também estudos que falam a favor de alterações de neurotransmissores ( substâncias produzidas pelos neurônios) em especial a noradrenalina e a dopamina.
Desta forma, podemos perceber a importância de um tratamento medicamentoso para poder aliviar uma sintomatologia que traz muito sofrimento e falta de adaptação , sendo com bastante critério, de forma individualizada, para que o melhor daquele ser possa aparecer e não ficar bloqueado.
É certo que existindo uma disfunção cerebral , possa haver uma compensação em outra região do cérebro, propiciando alguma habilidade. É importante que o tratamento possa fazer que esta habilidade tenha maior valor e evidência , deixando cada vez mais tênue os traços da doença.

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Este é um assunto bastante polêmico. Mas não tenho dúvida do sofrimento dos familiares e da criança que tem Déficit de Atenção e/ou Hiperatividade. A polêmica envolve o tratamento medicamentoso com estimulante e a especulação de seus possíveis efeitos colaterais., como também um julgamento dos pais , no sentido da criança ser agitada ou “mal educada” por falta de limite dos pais. É fato que esta criança precisa de limite, mas a criança não responde de forma esperada `a este limite devido o cérebro da criança com TDAH ter um funcionamento bem peculiar.
Pode apresentar :
1- Alteração da atenção – existe uma dificuldade de manter o foco de atenção, como também um grande gasto de energia para realizar atividades. Desta forma, ela permanece desmotivada para finalizar atividades, e também porque demora muito para efetua-las.
2- Impulsividade – agem sem antes pensar. Falam o que vem `a cabeça , envolvem-se em brincadeiras perigosas, não tem noção do perigo, machucam-se facilmente, tem reações exageradas, sendo considerada mal educada, agressiva, egoísta e irresponsável.
3- Hiperatividade física e mental – há uma agitação física, a criança muitas vezes não consegue parar sentada por muito tempo, pula, escala móveis, não para de se mexer. Há também uma agitação mental , levando a falar o tempo todo, devido `a uma avalanche de pensamentos.
A criança quando vai crescendo, percebe-se diferente, pode ter baixo rendimento, perdas no aprendizado, não aceitação social, muitas vezes é colocada de lado. Pode ter fracassos em diversos campos, o que leva `a uma baixa estima, angústia, ansiedade, depressão, sintomas obsessivos e outros quadros secundários ao TDAH.
Não há dúvida, é preciso tratar. O tratamento pode evitar que a criança ao longo da vida tenha tantas repreensões, tantas dificuldades na escola pela perda da atenção, e faz com que ela esteja mais integrada socialmente.
A medicação atua muito bem a ponto de uma criança perguntar `a sua mãe: “Qual vitamina foi aquela que você me deu que fez eu entender tudo que a professora explicou?
A pergunta que faço é: Porque medicações anti-hipertensivas, medicações para a diabetes ou outras são aceitas e o medicamento para o TDAH gera tantas polêmicas?
É importante ressaltar que precisa ser feito um diagnóstico sério contando, muitas vezes, com avaliação psiquiátrica, neuropsicológica fonoaudiológica, e uma indicação precisa para iniciar o tratamento medicamentoso, sem esquecer a importância da psicoterapia para colaborar com o crescimento do ser.
Nos próximos dias, descreverei:
– Qual a atuação da medicação no cérebro TDAH
– Mitos sobre o Metilfenidato (Ritalina)
– TDAH no adulto

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Ansiedade é um tema bem extenso e bem atual. Vale escrever um pouco mais sobre o assunto. Gostaria de dizer que vivemos num mundo ansiogênico. Com trabalhos exigindo sempre um pouco mais do que as oito horas diárias, a invasão de diversas formas de contato sejam elas e-mail, celular, mensagens whatsapp, não que eu seja contra. Acredito que o mundo moderno veio mesmo para facilitar a nossa vida a depender da maneira que nos utilizamos dele. Se sabemos que é importante desacelerar o pensamento, realizar uma tarefa de cada vez e estar por inteiro nela, para se libertar da ansiedade, é difícil fazer isso com essa modernidade eletrônica. O indivíduo permanecendo por um longo período ansioso cria hábitos de vida muito pautado na impaciência, na busca por um alto desempenho, na dificuldade de esperar, no costume de antecipar situações ou problemas que nem aconteceram. Apresenta também dificuldade em manter-se ocioso, lembrando que nossa mente para ser criativa necessita do ócio. Muito facilmente este estilo de vida se cristaliza. É comum surgirem sinalizadores para que o ser perceba que esta maneira de funcionar não é boa. Estes sinalizadores podem ser qualquer sintoma físico ou emocional, que começam leves e pouco a pouco podem aumentar tornando-se agudos e intensos e praticamente obrigam a pessoa a parar tudo o que faz, como se fosse uma pane em uma máquina. As crises de pânico podem surgir em decorrência desta forma de viver. Costumo sempre dizer aos pacientes que esta pane geral pode ser bastante positiva, para realmente ser feita uma reformulação geral dos valores. É um momento que as defesas cedem para que possamos juntos refletir sobre o que é o mais importante da vida. E é neste momento que o indivíduo busca seus recursos internos que desconhecia e consegue se superar. E depois de passado o momento crítico, percebe o quanto benéfico foi ter “adoecido” propiciando uma verdadeira transformação.


A Essência da Mente é uma clínica, localizada em São Paulo, que oferece diversos tipos de tratamentos para a integração e equilíbrio do ser humano.

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