A neuropsicologia é uma área que reúne a neurologia, psiquiatria e psicologia, tendo como prioridade a organização cerebral das habilidades cognitivas.

A avaliação neuropsicológica ajuda no aprofundamento diagnóstico, confirmação de um diagnóstico psiquiátrico, neurológico ou diagnóstico diferencial, com o objetivo de melhor direcionar o tratamento.

Na avaliação é feita uma extensa entrevista, são utilizados vários tipos e formas de investigação, escalas, baterias de testes psicológicos e neuropsicológicos ,a fim de maior compreensão do funcionamento cerebral, do comportamento e da habilidade cognitiva que é a integração das capacidades de percepção, linguagem, memória e pensamento. É feita uma comparação dos resultados obtidos do paciente com o esperado em termos cognitivos, comportamentais, funcionais e emocionais. São identificadas tanto as dificuldades como as capacidades do funcionamento cognitivo. Esta avaliação considera o campo afetivo, cognitivo e executivo.

Os resultados , tanto quantitativos, como qualitativos dos processos de atenção, percepção, memória, linguagem e raciocínio, indicam planejamento de tratamento de acordo com os potenciais observados na avaliação. Assim, individualiza o atendimento conforme a necessidade de cada um, podendo ser indicado tratamento em diversas áreas como: psiquiatria, neurologia, psicopedagogia, psicologia, terapia ocupacional, fonoaudiologia ou reabilitação cognitiva.

Pode ser realizada em crianças, adolescente, adultos e idosos.

É de grande ajuda na confirmação de diagnóstico de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, Transtorno de Aprendizado, Dislexia, Discalculia, Deficiência Intelectual, Transtorno do espectro Autista, entre outros. E ajuda no entendimento da extensão de lesões neurológicas pós Acidente Vascular Cerebral, de extensão de comprometimento em algumas doenças neurodegenerativas como demências, entre outras. Assim, permite maior especificidade no tratamento de reabilitação.

Os resultados obtidos numa Avaliação Neuropsicológica contribuem para ajudar no desenvolvimento de estratégias que podem melhorar os problemas decorrentes dos sintomas que o paciente apresenta,

fornecer subsídios à intervenção clínica, bem como fornecer elementos para prevenção de possíveis prejuízos cognitivos em função de alterações comportamentais e emocionais não tratadas

É muito importante a integração de diversas áreas afins para o tratamento do paciente ser mais específico, assertivo, propiciando melhora na qualidade de vida.

Yvelise C. Patricio

“O que você puder fazer, faça; O que você não puder fazer, aceite. É assim que você é, e você está aqui para ser você mesmo, ninguém mais. Pouco a pouco você verá que o seu T está se transformando em N. Você será nutridor e você desfrutará mais, você amará mais, e você ficará mais meditativo.

De fato, para um preguiçoso se tornar meditativo é mais fácil do que para uma pessoa ativa. Eis porque todo o Oriente se tornou preguiçoso – eles meditaram demais. Meditação é um tipo de passividade. Uma pessoa ativa se sente muito inquieta. Apenas sentar em silêncio é a coisa mais difícil. Não fazer nada é a coisa mais difícil para uma pessoa ativa realizar.

Apenas desfrute e se mova de acordo com o seu ser – nada de deveres, nada de ideais, do contrário eles lhe envenenarão. Olhe para a vida com profunda esperança.

Ela é realmente bela. Apenas olhe para ela, e não espere por perfeição. Não pense em termos de desfrutar as coisas somente quando elas forem perfeitas; senão você nunca desfrutará.

[Osho]

O equilíbrio emocional é a base para o sucesso, seja no âmbito profissional, pessoal ou para superar alguma dificuldade.

Convido a refletir sobre o assunto, em especial sob 4 pontos de vista:

1 – Cuidar dos pensamentos:

É muito importante cuidar dos pensamentos, pois é a origem dos sentimentos. Um pensamento pode ser o gerador do medo, tristeza, ansiedade. É muito comum ter um pensamento recorrente, obsessivo em um determinado assunto que acaba se tornando improdutivo. Os pensamentos podem estar a favor ou contra o próprio indivíduo. Existem pensamentos que são “armadilha” e agem contra a própria pessoa, como exemplo o pensamento de menos valia, ou desesperança, no qual a ideia recorrente fica em não conseguir o que se deseja, ou não ser merecedor de algo positivo na vida. O importante é detectar esses pensamentos e perceber que são apenas pensamentos, podendo aos poucos afasta-los da mente, ou seja tentar estar atento a eles. Ao detectar os pensamentos “armadilhas”, e colocar freio neles, estes não tomam força e assim não geram sentimentos ruins. Sabendo que os sentimentos ruins ao longo do tempo podem se transformar em sintomas. Assim, cultivar bons pensamentos pode ser transformador.

2 – Cultivar laços:

Ter laços e cultivá-los ajuda o ser humano a viver, a ter um conforto emocional. Compartilhar a vida com alguém, pertencer a um grupo de pessoas ajuda no equilíbrio. Na família ocorre ensaios para a vida, principalmente em relação aos laços afetivos. É muito comum pessoas fazerem muito por quem se ama, como exemplo pais tentando se superar pelo amor aos filhos. O amor por alguém ajuda a trazer sentido a própria vida.

3 – Pensar no momento presente:

Um exercício bastante positivo que ajuda a aliviar os sofrimentos é pensar sempre no momento presente. É estar presente em cada atividade que se faz, é não ter a atenção dividida em várias situações. É não estar realizando uma atividade de forma automática com pensamento em outro lugar. Isso traz um grande gasto de energia e é acelerador de pensamento, levando a ansiedade. Manter o pensamento no passado é indicativo de depressão, e estar com o pensamento sempre no futuro tem a ver com ansiedade. Um antídoto, para esses quadros psíquicos pode ser trazer o pensamento para o momento presente.

4 – Estar a favor da própria essência:

Não são todos os momentos da vida que é possível fazer somente o que se agrada, porém existem situações, atividades que se distanciam da essência do indivíduo, ou seja vai contra os valores deste. Buscar sempre estar em equilíbrio com a própria essência é apaziguador, traz equilíbrio. Quando o indivíduo se distancia de suas necessidades acaba gerando sintomas, e ao não perceber esta dinâmica, vai produzindo mais sintomas, na medida que o ser não fica a favor de suas necessidades.

Essas quatro sugestões ajudam a prevenir a instalação de um desequilíbrio psíquico e até um transtorno psiquiátrico. Entendendo que são vários os fatores que estão ligados a uma doença psiquiátrica, e que esta tem início lentamente. Mas se o indivíduo estiver agindo a seu favor, vivendo o momento presente, cuidando dos pensamentos e de seus laços afetivos, pode manter um equilíbrio emocional.

A alimentação tem um papel fundamental na vida útil do cérebro. Somos o que comemos ou seja a alimentação de hoje influenciará na saúde do amanhã.

O pâncreas é um órgão que produz a insulina, mas a depender da dieta ele pode ser mais exigido e em alguma fase da vida reduzir a sua produção levando a diabetes tipo2.

As células normalmente tem alta sensibilidade à insulina e quando essas células são muito expostas a altos níveis de insulina, como resultado de ingestão de doces, carboidratos que são transformados em glicose, reduz o número de receptores de insulina. Este processo se chama resistência à insulina. Gera um ciclo vicioso, culminando no diabetes. O açúcar no sangue provoca uma série de problemas de saúde, gerando cegueira, infecções, danos nos nervos, processos inflamatórios e inclusive o Alzheimer. A resistência a insulina leva a formação de placas nos cérebros que representam o acúmulo de proteínas isoladas que assumem o lugar de células cerebrais saudáveis.

Segundo Dr. David Perlmutter, no livro Dieta da Mente, enfatiza a relação entre baixos níveis de insulina e problemas cerebrais, utilizando o termo “diabetes tipo 3”. Considera que obesos tem maior chance de ter perda de funções cerebrais e diabéticos tem o dobro de chance de desenvolver Alzheimer.

As dicas para evitar as chances de desenvolver Alzheimer são:

• Diminuir níveis de açúcar no sangue, mesmo não sendo diabético;
• Reduzir consideravelmente a quantidade de ingesta de carboidratos;
• Não manter colesterol em níveis muito baixos (colesterol é necessário na proteção do cérebro, ajuda na produção da membrana celular, de hormônios e etc.);
• Avaliar com especialista se a pessoa tem sensibilidade ao glúten ( proteína encontrada no trigo, cevada, centeio e aveia);
• Ingerir alimentos anti-inflamatórios, ricos em ômega 3.

O glúten produz reações inflamatórias em diversos sistemas. Quando surgem sintomas no sistema digestivo, causa desconforto como diarreia, gases, inchaço, constipação. Mas quando o cérebro é atingido, pode ser de forma silenciosa. Assim, o cérebro pode sofrer ataques a nível molecular sem que o indivíduo perceba, a não ser por sintomas vagos com dor de cabeça, cansaço, entre outros. Mas se o indivíduo começa a ter perda de memória, caracterizando Alzheimer, este é um sintoma que não retorna. Uma vez que as células cerebrais foram atingidas, só há possibilidade de tratamento para não evolução do quadro. Existem diversas pesquisas para a descoberta de um tratamento mais efetivo do Alzheimer, mas ainda não conclusivo. Desta forma, podemos agir contra este mal de forma preventiva, cuidando da alimentação.

A felicidade sempre é almejada pelo ser humano. Traz muitos questionamentos. A felicidade é algo bastante pessoal. Cada indivíduo tem uma realidade ideal. Mas ter o desejo de uma felicidade imediata não traz uma base firme e real. O ser humano tem um hábito de se sabotar constantemente. Este é um bloqueio para a felicidade.

A psicologia positiva é um setor da psicologia que estuda as emoções positivas, como a felicidade e prazer; estuda os traços positivos do caráter ( compaixão, coragem, sabedoria, cidadania) e relacionamentos positivos ( amizade, vínculos afetivos saudáveis).

A melatonina é um hormônio produzido na glândula pineal, responsável pelo ciclo circadiano ( relógio biológico). Sua produção é estimulada pela escuridão e inibida pela luz. Exatamente por isso que é muito importante dormir num ambiente escuro. Assim, a melatonina é produzida e ao receber a primeira luz do dia, esta produção se encerra e a melatonina é transformada em serotonina, substância responsável pelo bom humor. Um indivíduo que não dorme bem, ou que dorme com a luz acesa, ou televisão ligada, não tem a devida produção da melatonina, e como consequência, não tem uma razoável produção de serotonina, podendo precipitar sintomas depressivos.

A fabricação de melatonina depende da presença do triptofano (aminoácido). Leite e derivadas, batata, abacate, castanhas, nozes e banana são ricos em triptofano.

Existem hábitos que podem aumentar a fabricação de melatonina:

• Uma boa alimentação (alimentos livres de agrotóxicos)
• Manter uma rotina diária de alimentação e sono ( Almoçar, jantar e dormir sempre no mesmo horário, pode ajudar na produção de melatonina também sempre no mesmo horário),
• Diminuir o estresse ( o estresse eleva o cortisol e adrenalina aumentando radicais livres e propiciando maior lesão celular)
• Reduzir o máximo de contato com substâncias químicas,
• Manter boa higiene do sono ( desacelerar antes de dormir, ter um ambiente escuro para adormecer)

A melatonina tem uma função importante no sono, como também tem função antioxidante. Previne os danos celulares provocados pelos radicais livres ( são moléculas instáveis, produzidas pelas células durante o processo de queima de oxigênio, provocam reação inflamatória) . Assim, a melatonina retarda o processo de envelhecimento.

No Brasil, a Anvisa, recentemente, liberou a utilização da melatonina sintética como prescrição médica.

A melatonina pode ser usada, se assim for prescrito por um médico. E não há risco de redução da fabricação da melatonina endógena, neste caso.

Existem diversos estudos sobre os benefícios do uso da melatonina em algumas enfermidades.

• Estudos que demonstram que a melatonina tem atuação na prevenção de enxaqueca.
• Sobre a obesidade, pesquisas demonstraram que a redução da melatonina induz a resistência a insulina, intolerância a glicose, transtorno de sono, levando a obesidade.
• Ainda está em pesquisa, a utilização da melatonina em pessoas com câncer, com conclusões animadoras, em alguns dos estudos.
• Alguns artigos concluem que a menor fabricação de melatonina está ligada a uma maior chance de desenvolver diabetes tipo 2.
• Existem estudos que descrevem boas respostas no uso de melatonina no transtorno de sono e dermatite atópica em crianças.

Podemos concluir que a produção de melatonina pelo organismo, é muito importante para uma boa qualidade de vida. A melatonina pode ser prescrita em algumas situações, considerando que bem indicada pode ser de grande ajuda para o equilíbrio do indivíduo.

Menopausa é o nome dado a última menstruação, e dá origem ao período do climatério. Este período é o início da fase não reprodutiva, há redução dos hormônios sexuais femininos o que leva a diversas mudanças. A mulher, neste período, pode ter:

Ondas de Calor, Fogachos – sensação de calor na parte superior do tórax e rosto, associada a transpiração abundante. Pode acompanhar calafrios, tremores e ansiedade.

Suores Noturnos – sudorese noturna intensa, podendo atrapalhar o sono e gerar cansaço e irritabilidade.

Distúrbios do Sono – Dificuldade de adormecer mesmo na ausência de fogachos .

Ansiedade , Depressão e Alterações de Humor– são causadas pela redução de estrogênio que leva `a redução de neurotransmissores, como a serotonina e dopamina. Há uma maior chance de desenvolver depressão no climatério.

Redução da Libido – devido a queda hormonal.

Déficit de Memória e Dificuldade de Concentração– o estrogênio tem um papel importante no funcionamento cerebral, interferindo na memória e concentração.

Dor nas Articulações – causadas pela baixa hormonal e pode ser permanente.

Pele Seca, Unha Fraca e Queda de Cabelo- a queda do estrogênio também reduz a produção de colágeno o que interfere na firmeza da pele e vitalidade do cabelo.

Ossos Fracos – maior tendência `a osteoporose.

Cansaço, Ganho de peso, Dor de Cabeça, Infecção Urinária, Palpitações – estes sintomas ocorrem também por queda hormonal.

São diversos sintomas desagradáveis que podem ser tratados com a Homeopatia na pré-menopausa, período que está começando a queda de estrogênio e ainda não teve a parada da menstruação, ou após a menopausa, no climatério. Tratando estes períodos com a Homeopatia, podemos prevenir muitos destes desconfortos, principalmente os fogachos, sudoreses noturnas, irritabilidade, cansaço, dor de cabeça, articular, depressão, ansiedade e outros. Com a Homeopatia ocorre um equilíbrio do organismo e não tem as contraindicações que a reposição hormonal apresenta.

É muito comum o tratamento homeopático trazer alívio de sintomas como os fogachos, sudorese e cefaleia, ansiedade rapidamente, diferente do que o senso comum acredita.

A homeopatia, ao longo dos anos vem recebendo maior credibilidade, devido a resposta clínica positiva. É medicina baseada na energia sutil. Os medicamentos homeopáticos tem uma frequência energética da planta e não mais moléculas da planta. A lei básica da homeopatia é a Lei da similitude – o semelhante cura semelhante. O medicamento homeopático produz os sintomas no indivíduo saudável, e trata os mesmos sintomas no indivíduo doente. A homeopatia trata o organismo como um todo. Trata as doenças físicas e os sintomas mentais. O tratamento é holístico.

A homeopatia pode ser de grande ajuda na psiquiatria, seja de forma associada aos psicotrópicos, podendo ajudar na administração de menores doses de psicotrópicos, ou o tratamento pode ser somente com os homeopáticos, a depender da gravidade do quadro.

O uso da homeopatia traz equilíbrio ao organismo, seja para tratamento ou para prevenção, como na menopausa, por exemplo. Pode ajudar muito, em diferentes fases da vida. Na infância, a homeopatia pode ajudar em distúrbios de sono, ansiedade, irritabilidade, agitação, entre outros sintomas.

É muito comum, um tratamento homeopático equilibrar quadros de ansiedade e até crises de pânico a depender da gravidade.

A anamnese homeopática, na homeopatia de visão sistêmica, aborda todos os sistemas do organismo, no momento presente e passado, tendo atenção às características psíquicas. Assim, é detectado necessidade de tratar alguns órgãos e sintomas com medicamentos equalizadores e circunstanciais, respectivamente. A administração do medicamento homeopático sistêmico é muito importante para que o tratamento atue no conjunto de sintomas que o indivíduo apresenta.

No tratamento de distúrbios psiquiátricos, são necessárias mudanças de potência periodicamente, pois o sistema nervoso central é um órgão muito complexo, assim se faz necessário o uso de potências mais altas.

A homeopatia atua no equilíbrio de todo o organismo, inclusive psíquico. Age na causa do problema, o que possibilita a cura.