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A ansiedade pode ter diversos graus. A ansiedade mais leve pode ser vista como um dinamismo, eficiência, não prejudicando tanto o desempenho. Apresentando sintomas mais tênues. , mas já levando `a angústia e sofrimento. Já num grau mais avançado, pode levar `a aceleração do pensamento, dificuldade de finalizar tarefas, realizar diversas tarefas ao mesmo tempo de forma desordenada, com falta de concentração e de foco de atenção. Como também insônia, pensamentos negativos, irritabilidade, preocupação com o futuro em demasia, medo, podendo desenvolver sintomas físicos, enxaqueca, fibromialgia, gastrite, pressão alta, entre outros. A ansiedade, neste estágio pode abalar a adaptação `a uma rotina, gerando enorme sofrimento e muitas vezes acompanhado de desgaste físico. O indivíduo mantendo-se ansioso por muito tempo e num grau severo pode gerar uma depressão secundária, ou seja, uma sobreposição de um quadro ao outro. Pode também chegar a manifestar mal estar físico súbito repentinamente, crises de ansiedade intensa, e de forma recorrente, o que conhecemos como síndrome do pânico. Muito mais importante do que prender-se `a um diagnóstico é detectar o que originou o quadro, e encontrar uma forma de reverter.
Muitas vezes, temos o costume de ir vivendo de forma automática sem muito refletir sobre o que gostamos ou não gostamos. Sem ouvir a nossa voz interior que é o sinalizador mais genuíno e de maior valor que temos. E com esta atitude, vamos nos distanciando de nós mesmos. É desta forma que vão surgindo quadros psíquicos, lentamente. E quanto mais nos distanciamos de nós mesmos, maior podem ser os sintomas, sejam eles ansiosos, depressivos, obsessivos, ou outros.
O tratamento pode ser de diversas formas, a ser indicado por um profissional: Um medicamento alopático para freiar a sintomatologia mais aguda e sofrida; o início de um tratamento homeopático; realizar uma psicoterapia; ou diversas outras técnicas que o indivíduo se adapte e tenha resposta; ou a composição delas. O fato é que qualquer uma dessas técnicas deverá amenizar, reduzir os sintomas, para que pouco a pouco o indivíduo vá encontrando o seu caminho, ouvindo sua voz interior , mudando a sintonia do pensamento, ficando mais reflexivo e menos automatizado.

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Neste distúrbio, a pessoa apresenta audição normal, mas tem dificuldade de interpretar o que ouve. Isso pode trazer prejuízo no aprendizado, mas também socialmente. Em geral, a criança com este quadro pode ficar desatenta, agitada, ter dificuldade na ortografia, gramática e/ ou matemática, para compreender o que lê, de memória, ou mesmo na compreensão de piadas ou palavras de duplo sentido. Pode abranger diversos sintomas e a criança pode ficar deslocada de várias situações escolares, de amizades. É comum ser uma criança briguenta, devido compreender erroneamente o que é dito e ficar na defensiva.

Este quadro pode ocorrer concomitantemente com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, e ou Dislexia.

Se o DPAC não é diagnosticado a tempo de reverter, a criança vai tendo sucessivos fracassos que pode trazer sentimentos de falta de enquadramento ao seu meio, levando `a baixa auto estima, sintomas depressivos e ansiosos que podem ser secundários, muitas vezes, ao distúrbio de processamento auditivo.

Pelo fato de eu atender crianças e adultos, tenho uma visão abrangente e detecto adultos com quadros psiquiátricos, seja depressão, ansiedade, transtornos obsessivos, ou outros, que tiveram problemas escolares, de aprendizado. Imagino que o tratamento na infância com a fonoaudiologista, ou mesmo o treinamento auditivo poderiam ajudar ao paciente modificar a compreensão do mundo que o cerca. Trazendo uma maior adaptação, diminuindo a angústia. Na fase adulta também pode ser tratado, porém a reversão pode não ser completa. Como todos os quadros, o que é tratado precocemente tem maior possibilidade de sucesso.

Dra. Vanessa Calhiarani Loschiavo
Psiquiatra e Psicoterapeuta

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Distmia é um tipo de depressão mais leve, mas de longa duração. O quadro clínico é caracterizado de tristeza, pensamento negativo, desesperança, cansaço e irritabilidade. Muitas vezes, este quadro é confundido com mal humor, ou essas características se confundem, facilmente, com a personalidade. É comum uma pessoa distímica passar anos com esses sintomas mantendo-se adaptada `a sua rotina, sendo que tem que se esforçar para realizar suas tarefas. É possível que alguma situação da vida traga um desequilíbrio maior e piore os sintomas , acontecendo uma depressão dupla, ou seja, uma depressão que se sobrepõe `a distmia. É neste momento que a maioria das pessoas buscam ajuda, devido `a um sofrimento maior. O tratamento pode fazer com que a pessoa conheça quem ela é realmente, sem sintomas depressivos. Este é um momento muito importante do tratamento, de reestruturação do ser e reconstrução da vida.

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Homeopatia é um método de tratamento criado pelo médico alemão Samuel Hahnemann, em 1796. Ele busca em Paul Joseph Barthez a concepção ternária vitalista, pela qual o ser humano é composto de corpo ( matéria), alma (espírito) e princípio vital (elemento energético – força organizadora das funções, sensações, contratilidade e tonicidade).
A Homeopatia é baseada na lei dos semelhantes que significa que os semelhantes se curam pelos semelhantes. Medicamentos homeopáticos são preparados a partir de substâncias extraídas da natureza, seja do reino animal, vegetal ou mineral. Esses medicamentos previamente foram utilizados no indivíduo são para a descrição de suas potencialidades curativas. Assim, o que provoca a doença que não existe, cura a doença que existe, pela lei da semelhança. Uma doença que tem determinados sintomas é tratada por um medicamento homeopático que desenvolve os mesmos sintomas no indivíduo são.
Hahnemann querendo fugir da ação tóxica das substâncias passou a diluir cada vez mais, acompanhando cada diluição de movimentos verticais vigorosos do frasco ( técnica denominada: sucussão). O processo de dinamização despertou uma “força patogenética” ( capaz de alterar o estado de saúde das pessoas).
A Tautoterapia é o tratamento pelo mesmo agente que provocou a doença, independente de sua natureza podendo ser utilizada para tratar intoxicação por metais, processos alérgicos e até efeitos colaterais ou tóxicos de medicamentos. O agente tóxico quando dinamizado desloca a toxina depositada nas células e nos tecidos promovendo sua eliminação, ocorrendo a desintoxicação.
A Homeopatia tem uma atuação diferente da alopatia. Esta última trata de forma setorizada o sistema, seja ele gastroenterológico, cardíaco e outros de forma específica, tratando o conjunto de sintomas que levam `a uma doença. Já a homeopatia busca ter entendimento do desequilíbrio do organismo como um todo, pode tratar sintomaticamente com os medicamentos homeopáticos circunstanciais, mas é importante a visão global do sistema, equilibrando todos os órgãos que estão em desarmonia. Atua na origem da doença e também de forma a condicionar o organismo.
Muitas pessoas me perguntam se os remédios homeopáticos atuariam pelo efeito placebo. Digo que existem diversos estudos desde a origem da homeopatia até hoje, e mais de 2000 medicamentos homeopáticos. E posso garantir que é algo sério e com grande eficácia. Há aplicação para toda área médica. Eu mesma, muitas vezes, utilizo as duas técnicas, homeopatia e alopatia simultaneamente. E digo mais, muitas vezes que associo a homeopatia consigo reduzir a dose dos medicamentos alopáticos, psicotrópicos. E se há alguma alteração de enzimas hepáticas é possível agir na melhora do fígado para a metabolização dos psicotrópicos com os homeopáticos. Ou se há algum efeito colateral de um medicamento que o pessoa teve benefícios, utilizo a tautoterapia, a própria medicação dinamizada, garantindo a redução dos efeitos colaterais. É fantástico a combinação de duas áreas diferentes, a psiquiatria e a homeopatia mas de forma complementar para possibilitar a melhora clínica e alívio do sofrimento e quem sabe a cura das dores da alma.

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Grande parte das vezes que um paciente chega para fazer uma consulta psiquiátrica, chega com muito sofrimento. E, muitas vezes, apresenta muitos medos relacionados ao uso de psicotrópicos. Perguntam se não irão ficar dependentes, se irão conseguir trabalhar ou dirigir. Muitos relatam ter tentado de diversas outras maneiras para melhorar e dizem sentirem-se fracos por não conseguirem se superar sozinhos. Farei algumas considerações sobre os pensamentos acima.

Quando alguma pessoa busca uma avaliação psiquiátrica, não necessariamente será prescrito psicotrópicos. Utilizo algumas outras ferramentas , que estarei relatando em outras oportunidades, como a Homeopatia, Técnicas Psicoterápicas e o TFT (Thought Field Therapy). A depender do quadro que está instituído, se está muito agudo e com muito sofrimento, a medicação é um recurso importante para ter uma quebra do ciclo instalado. A medicação sendo administrada a depender da necessidade tendo cautela em relação `as doses, não leva a dependência. Existem diversos tipos de medicamentos, e os que causam dependência são os calmantes, benzodiazepínicos e hipnóticos. Existem diversos outros medicamentos que não causam dependência como antidepressivos, neurolépticos e estabilizadores de humor. Em geral, o tratamento é mais baseado nos medicamentos que não dão dependência e os calmantes, muitas vezes não são necessários, ou se são necessários, são utilizados como coadjuvantes e não medicamentos principais, cuidando para utilizar em mínimas doses. E logo que possível os calmantes são revistos e retirados sem dar possibilidade de dependência.

É importante que um tratamento com psicotrópicos possibilite que o indivíduo tenha disposição física com ânimo para realizar suas atividades, trabalho, diversão, planejamento sobre o futuro.

Temos que pensar que o objetivo principal é viver bem independente se a pessoa usa ou não medicação. Mas se é necessário o uso de uma medicação em algum momento da vida para estar bem, não significa que será para toda vida e sim naquele momento. Depende de cada caso se deverá fazer uso sempre do remédio. Comparo a administração da medicação, o tratamento psíquico `a lapidação de um diamante, ora mexo em alguma dose de medicamento, depois revejo e percebo a necessidade de um homeopático, e em outro momento mudo alguma dose ou acrescento TFT ou toco em algum ponto que o paciente precisa refletir. E paulatinamente a pedra bruta vai se transformando na pedra preciosa com muito brilho e luz. E assim acompanho o crescimento individual de cada um, tentando estimular que cada qual vença suas tendências , busque crescimento, amadurecimento pessoal. Muitas vezes, em algum período, percebemos juntos que a medicação não se faz mais tão necessária e pouco a pouco percebemos que o indivíduo está vencendo a si mesmo, e encontrando a sua luz.

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Neuroplasticidade é a capacidade de mudança do Sistema Nervoso Central frente ao aprendizado ou algum quadro de lesão, é a possibilidade da transformação cerebral , formação de novas redes neuronais a depender da área do cérebro que é mais estimulada por nós, através de tarefas que desempenhamos.

Ao longo da vida, ocorre a morte de células cerebrais, pelo desgaste natural da idade, levando ao esquecimento, déficit de memória. Os cientistas realizam diversos estudos não só para reabilitação da memória, como também para descobrir como podemos preservar a função cerebral de modo que a memória não seja afetada, com o passar do tempo.

Merzenich é um desses estudiosos e fundou uma empresa, a Posit Science, dedicada a ajudar as pessoas a preservar a plasticidade do cérebro enquanto envelhecem, estender a expectativa de vida mental, e realizar a reabilitação da memória, através de jogos repetitivos de computador para a memória auditiva projetados para adultos. Na sua visão, não adianta dar uma lista de palavras para memorizar, se a pessoa já está com a memória debilitada. Os adultos fazem exercícios que refinam sua capacidade de ouvir de uma maneira que não fazem desde o berço, quando tentavam separar a voz da mãe com o ruído de fundo. Para que ocorra a neuroplasticidade o indivíduo deve realizar atividade de forma contínua, algumas horas e diversas vezes por semana. Assim, foi realizado um estudo com um grupo de pessoas entre 60 e 87 anos, treinados com o programa de memória auditiva por uma hora diária, cinco dias por semana, chegando a um total de 40 a 50 horas de exercício. Concluiu-se que as pessoas    que realizaram o treinamento voltaram no relógio da memória em dez anos ou mais, alguns voltaram quase 25 anos, ou seja melhoraram sua memória como se tivessem voltado no tempo de 10 a 25 anos.

Merzenich suspeita que nosso descuido com o aprendizado intensivo `a medida que envelhecemos leva a um desgaste dos sistemas cerebrais que modulam, regulam e controlam a plasticidade. Atividades como ler jornal, praticar uma profissão por muitos anos e falar em nossa própria língua são a reprise de habilidades que dominamos, não são aprendizado. Desta forma, é importante que possamos desenvolver alguma atividade nova que exija atenção muito concentrada, como aprender um novo idioma, resolver quebra-cabeças complicados ou até aprender novas atividades físicas que necessite atenção. Essa parecer ser a fórmula para não termos perda de memória com o passar dos anos.

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O assunto é memória. Uma queixa frequente no consultório é esquecimento, dificuldade de memorizar. São necessárias várias considerações. Quando existe algum quadro psíquico, como ansiedade , o pensamento acelerado faz com que a pessoa mantenha atenção em várias tarefas ao mesmo tempo, havendo uma sobrecarga, assim escapa muitas informações do foco de atenção. Manter a atenção dividida está fadado a ter perdas. Exercitar realizar uma tarefa por vez e estar por inteiro nela, ou seja, estar pensando exatamente no que está fazendo, não deixando o pensamento escapar é uma tarefa difícil , mas eficaz.

Na depressão, por exemplo, existe uma lentificação do pensamento, contrário da ansiedade. Na depressão, a dificuldade da memória está ligada também ao interesse que a pessoa tem pelo ambiente que a cerca. E a falta de interesse atinge diretamente a memória, sendo que em muitos quadros depressivos o déficit de memória é tão intenso que é usado o termo pseudo- demência , que é um quadro semelhante `a demência, porém, muitas vezes é reversível. Quando o indivíduo, passa muito tempo com depressão mais grave, o cérebro pode sofrer uma certa involução, o que pode não ser revertido com tratamento antidepressivo.
Quando falamos de memória, não podemos esquecer dos quadros de Demência, como exemplo a Demência de Alzheimer que tem como característica a perda de memória recente, porém é diferente das anteriores por ser um quadro degenerativo e progressivo.
Muitos outros quadros podem estar ligados a dificuldade de memória.
Uma pergunta importante é : como preservar a memória ao longo da vida, sabendo que o ser humano já começa a ter perda neuronal na vida adulta?
No próximo post, trarei dicas que a neurociência dá para preservar a memória evitando a perda de neurônios ao longo da vida e como possibilitar a neuroplasticidade.
Vamos cuidar de nossas mentes!!

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A Meditação é um recurso que pode ajudar o indivíduo como um todo, a ter um equilíbrio entre o corpo e a mente. Ajuda a melhorar a concentração, desacelerar o pensamento no caso de ansiedade, acalmar, melhorar diversos sintomas psíquicos, como a depressão.
No cérebro existem células nervosas, chamadas neurônios, que emitem impulsos elétricos. Esses impulsos flutuam em padrões de onda cerebral. Esses padrões são associados a emoções, temperamento e pensamentos. Essas ondas mudam conforme a frequência de atividade elétrica dos neurônios e influem diretamente na nossa qualidade de vida e saúde.
A ansiedade e depressão apresentam determinado padrão de onda cerebral e pode ser modificado com a meditação.
A meditação está sendo amplamente utilizada para melhora clínica de diversos males não só da mente como também do corpo, pois na medida que o indivíduo consegue tranquilizar-se, acalmar a mente começa a existir uma harmonia do organismo levando `a redução do hormônio de stress, o cortisol, como também diversas substâncias do organismo, como reduz a liberação de adrenalina, podendo até haver maior liberação de endorfina que é o hormônio ligado ao prazer, relaxamento.
No Sul do país, uma ONG chamada Mente Viva faz um trabalho muito interessante, propagando a meditação em escolas. Eles orientam escolas a iniciar as aulas com meditação por cinco minutos. Sendo que a meditação pode ser passiva ( a criança fica sentada) ou se a turma for mais agitada pode ser ativa (crianças podem fazer a meditação andando pela sala de aula). E também em algum horário que as crianças estejam agitadas. A resposta deste trabalho está sendo fantástica: As crianças estão mais atentas, apresentaram melhor desempenho escolar com melhores notas, reduziu a agitação e agressividade das crianças.
Fica a ideia, pratique, é um recurso que pode estar `as suas mãos.


A Essência da Mente é uma clínica, localizada em São Paulo, que oferece diversos tipos de tratamentos para a integração e equilíbrio do ser humano.

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