Transtorno de Oposição Desafiante (TOD)
O TOD tem como definição as discussões e brigas crônicas, crise de raiva, alto nível de irritação e contrariedade, desobediência, costume de culpar os outros pelos seus erros, ser vingativo e rancoroso; Em alguns casos pode-se ter a intolerância a frustração e imediatismo.
O transtorno pode se manifestar dos três aos oito anos de idade do individuo. O TOD não tem modulação genética e sim sociocultural.
Baseando-se em autores chaves, no ambiente familiar algumas atitudes dos pais podem contribuir para o desenvolvimento do transtorno, como: a imaturidade, dificuldade de impor limites, a falta de experiência em educar os filhos, a agressão verbal, agressão física e a oscilação emocional. A criança também apresenta traços de inflexibilidade com dificuldade de aceitar as regras, tentando muitas vezes burlá-las. É comum ter um temperamento explosivo, tendo a manipulação e até a mentira como formas de conseguir o que deseja.
Estas condutas podem causar sintomas nos próprios responsáveis, como: o cansaço mental, a frustração perante a criança, intolerância e a raiva emocional. Em alguns casos podemos observar o isolamento da criança de eventos familiares ou até mesmo da dinâmica familiar.
Se olharmos o ambiente escolar as crianças com TOD normalmente tem fichas de reclamação extensas, inúmeras suspensões e advertências. Como não desenvolvem habilidades sociais, não realizam trabalho e brincadeiras em grupo ou até mesmo criar vinculo com algum colega. Podem apresentar também uma dificuldade na aprendizagem e consequentemente ter reprovações de série.
O TOD é um transtorno com pré-disposição á ter comorbidades, em 50% dos pacientes podem ter a contribuição do transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) ou o transtorno de conduta (TC). Podem aparecer a depressão e o transtorno de aprendizagem como sintomas.
O diagnóstico é realizado por psiquiatra ou psicólogos com especialização em testes psicológicos. O tratamento depende da idade da criança e da gravidade do transtorno, quanto mais cedo diagnosticado mais eficaz será a psicoterapia. Caso o diagnóstico seja tardio é aconselhado acompanhamento do psiquiatra juntamente da psicoterapia.
Alguns autores recomendam a terapia cognitiva-comportamental, porque irá trabalhar a mudança comportamental e os pensamentos destorcidos da criança.
Podendo realizar um aconselhamento familiar ou uma orientação com os pais.
Talita Bueno Avila
Psicóloga – Terapia Cognitiva Comprotamental