Pseudemência
Este é um termo utilizado para quadros que se assemelham a demência , mas é provocada por um transtorno psíquico funcional, e não tem uma causa neurológica. Esses quadros psiquiátricos ( neurose pós trauma, esquizofrenia, transtorno bipolar e principalmente depressão) cursam com prejuízo cognitivo, ou seja, diminuição da memória, concentração e capacidade intelectual. É muito comum a depressão crônica cursar com pseudodemência. E neste caso, não há alteração neurológica em exames de imagem, como ressonância magnética ou tomografia computadorizada. A depressão de longa data, não tratada, frequentemente, cursa com dificuldade de concentração, de memória levando a esquecimento, dificuldade de lembrar onde deixou objetos, ou fatos ocorridos recentemente, limitações no trabalho, com aumento de erros por distração. Em geral, quando é feito o diagnóstico e tratamento, pode ser revertido o prejuízo cognitivo, na medida que a depressão vai sendo tratada. Existe a possibilidade de não reversão dos prejuízos da memória, concentração e capacidade intelectual, em casos que a depressão crônica causou involução cerebral, podendo evoluir para uma demência de fato.
As características da Pseudodemência são:
- Humor deprimido,
- Rápida progressão dos sintomas,
- Início preciso dos sintomas,
- Respostas monossilábicas,
- Frequentes episódios psiquiátricos,
- Respostas variáveis na avaliação neuropsicológica,
- Prognóstico positivo com tratamento
As características da demência são:
- Humor lábil ou apatia,
- Lenta progressão dos sintomas,
- Início insidioso dos sintomas,
- Respostas erradas,
- Em geral, sem antecedente psiquiátrico,
- Baixo rendimento na avaliação neuropsicológica,
- Prognóstico reservado.
A pseudodemência pode evoluir para uma demência de fato, porém existem medidas que podem ser utilizadas para ajudar num bom prognóstico, que são:
- Tratamento do transtorno que acompanha a pseudodemência, com frequência a depressão,
- Boa alimentação,
- Atividade física,
- Não ingestão de bebida alcóolica,
- Não fumar,
- Exercitar a mente com jogos específicos para reabilitação cognitiva,
- Terapias neuropsicológicas,
- Buscar aprender algo novo para ativar neuroplasticidade.
Os sintomas ligados a diminuição da memória e da concentração são muito frequentes. E muitas vezes, não é dada a importância necessária quando estão em estágios iniciais. Mas é justamente o diagnóstico precoce que pode implicar no sucesso do tratamento. Fica o convite para ouvirmos os sinais que o corpo dá, pois podem ser bons indicativos para buscarmos e encontrarmos uma nova direção de vida!