Comunicação não Violenta (CNV)
COMUNICAÇÃO NÃO-VIOLENTA (CNV)
Indico para todos este livro: Comunicação Não-Violenta, onde Marshall B. Rosemberg, descreve como chegou a este lindo trabalho. Ele vivia na África do Sul do Apartheid, e aos 10 anos apanhou dos negros por ser branco demais e dos brancos por ser negro demais. Ficou tão indignado que foi levado para morar com o avô na Índia, para aprender a lidar com a raiva, a frustração, a discriminação e a humilhação. Aprendeu com o avô a fazer uma árvore genealógica da violência, contendo discriminação da violência física e passiva, pois ele entenderia melhor a não-violência se compreendesse e reconhecesse a violência.
A não-violência significa permitir que venha o que existe de positivo em nós como o amor, respeito, compreensão, gratidão, compaixão e preocupação com os outros. Afinal, o mundo em que vivemos é o que fazemos dele.
Um ponto chave da CNV é o relacionamento através compaixão uns com outros, é compreender o ponto de vista alheio com o olhar do outro.
Quatro componentes básicos da CNV:
1- Observar sem julgamento ou avaliação,
2- Identificar os sentimentos,
3- Reconhecer a necessidade que está ligada aos sentimentos,
4- Realizar um pedido bem específico.
Um exemplo do cotidiano que poderia gerar conflito, com a técnica da CNV, ficou pacífico e enfatizando a resolução: Ao perceber que seu filho deixou meias jogadas no meio da sala. A mãe pode utilizar a CNV, da seguinte forma, dizendo: “Quando vejo suas meias jogadas na sala, fico irritada, porque precisamos de mais ordem, no espaço que é de todos. Você pode colocar suas meias no seu quarto ou na máquina de lavar roupa?”
Algumas dicas que a CNV dá é que o julgamento e a crítica bloqueiam a comunicação. Considera que comparações são formas de julgamento.
Considera importante a consciência da responsabilidade por nossos comportamentos, pensamentos e sentimentos, no sentido que muitas vezes nos colocamos na obrigação de fazer algo, que, na verdade, poderia ser uma escolha.
A CNV melhora a comunicação interior, ajuda a distinguir nossos sentimentos e necessidades e de entrar em empatia com eles, concentrando no que desejamos e não no que está de errado conosco ou com os outro. Cria um estado mental mais pacífico.
Tem diversos exemplos no livro e até uma situação crítica de assalto que uma pessoa passou e usou a CNV com o assaltante, tendo o melhor desfeche desta situação.
Esta é uma técnica de comunicação que aproxima as pessoas que divergem. Permite a compreensão do ponto de vista do outro chegando a um consenso. Pode ser usada para a vida, facilitando muito os relacionamentos familiares, pessoais, como profissionais.
Dra. Vanessa Calhiarani Loschiavo