Ciência e Religiosidade caminhando juntas

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Há muito tempo houve uma cisão entre a ciência, como a medicina e a religião. Aqui uso o termo religiosidade em relação a crença num poder maior que pode ser Deus ou as forças naturais, entre outros nomes.

Cientistas da atualidade realizam diversos estudos e fazem ligação entre essas duas vertentes. Estamos num momento de descoberta que há ligação muito forte entre todas as coisa do universo e entre as pessoas em geral. Estamos dentro de uma matriz de conexão. Uma nova atitude provoca uma reação em outra pessoa e assim por diante, ativando uma cadeia de conexões.

A mesma conexão ocorre em nosso corpo, quando nossos pensamentos influenciam o funcionamento de nossas células. Os pensamentos de confiança e fé irão influenciar positivamente o funcionamento celular. O pessimismo, a desesperança podem influenciar o funcionamento patológico do organismo. A fé, a religiosidade pode ter uma influência bastante positiva na manutenção dos bons pensamentos, sentimentos e atitudes, frequentemente tendo como produto final uma boa saúde.

Um estudo realizado no Dante Pazzanesi, com quase 250 artigos de todo o mundo, conclui que a prática da religião, seja qual for, pode reduzir a morte em 30%. Isso devido ao fato de que ter uma crença promove bem estar emocional, menos pensamentos e comportamentos suicidas, menos consumo de álcool e drogas e um maior incentivo à hábitos saudáveis.

Quem tiver interesse em se aprofundar no assunto, deixarei um link de um artigo, um estudo quantitativo, e nele há o seguinte trecho:
http://basessibi.c3sl.ufpr.br/…/pdf_8a36773bb6_0000018932.p…
“Várias universidades norte-americanas criaram centros de estudos sobre religião e saúde, destacando-se o Center for the Study of Religion/Spirituality and Health da Duke University.

Levin (2003) resume os principais achados destes estudos: (a) as pessoas que assistem regularmente a serviços religiosos apresentam taxas mais baixas de doenças e de mortalidade do que aquelas que não freqüentam regularmente esses serviços ou que não os assistem;

(b) as pessoas que relatam uma afiliação religiosa apresentam taxas mais baixas de doenças cardíacas, câncer e hipertensão, que são as três principais causas de morte nos Estados Unidos;

(c) pessoas mais velhas que participam de atividades religiosas particulares e institucionalizadas apresentam menos sintomas, menos invalidez e taxas mais baixas de depressão, de ansiedade crônica e de demência;

(d) a prática religiosa é o maior determinante do bem-estar psicológico dos afro-americanos – mais importante até que a saúde ou as condições financeiras; (e) pessoas que têm vida religiosa ativa em média vivem mais do que as não religiosas. Isso vale até mesmo quando se põe sob controle, retirando a interferência na análise estatística do fato de que as pessoas religiosas tendem a evitar comportamentos tais como fumar e beber, que aumentam os riscos de doenças e de morte.”

Na medida em o ser humano é dotado de um corpo físico, emoções e é animado pelo espírito, dar atenção a todas necessidade, sejam físicas, emocionais e espirituais podem trazer mais equilíbrio, bem estar e promover a saúde.

Muito médicos estão incluindo em sua anamnese a religião e dão importância à maneira que o paciente faz essa ligação com uma força maior, pois faz toda diferença na evolução de seu quadro clínico.

Saber que fazemos parte de um universo e temos responsabilidade em primeiro lugar por nós mesmos, que nossas atitudes, vibrações, pensamentos e sentimentos podem transformar o nosso organismo fisiologicamente, como refletir em outra pessoa e também no planeta, nos torna mais conscientes de nossas escolhas. Buscar ligações, acreditar numa força maior, ter confiança, fé num ser superior conforta, apazigua e equilibra o indivíduo tanto emocional como fisicamente.

Dra. Vanessa Calhiarani Loschiavo
Psiquiatra e Psicoterapeuta
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