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Psiquiátrica

Grande parte das vezes que um paciente chega para fazer uma consulta psiquiátrica, chega com muito sofrimento. E, muitas vezes, apresenta muitos medos relacionados ao uso de psicotrópicos. Perguntam se não irão ficar dependentes, se irão conseguir trabalhar ou dirigir. Muitos relatam ter tentado de diversas outras maneiras para melhorar e dizem sentirem-se fracos por não conseguirem se superar sozinhos. Farei algumas considerações sobre os pensamentos acima.

Quando alguma pessoa busca uma avaliação psiquiátrica, não necessariamente será prescrito psicotrópicos. Utilizo algumas outras ferramentas , que estarei relatando em outras oportunidades, como a Homeopatia, Técnicas Psicoterápicas e o TFT (Thought Field Therapy). A depender do quadro que está instituído, se está muito agudo e com muito sofrimento, a medicação é um recurso importante para ter uma quebra do ciclo instalado. A medicação sendo administrada a depender da necessidade tendo cautela em relação `as doses, não leva a dependência. Existem diversos tipos de medicamentos, e os que causam dependência são os calmantes, benzodiazepínicos e hipnóticos. Existem diversos outros medicamentos que não causam dependência como antidepressivos, neurolépticos e estabilizadores de humor. Em geral, o tratamento é mais baseado nos medicamentos que não dão dependência e os calmantes, muitas vezes não são necessários, ou se são necessários, são utilizados como coadjuvantes e não medicamentos principais, cuidando para utilizar em mínimas doses. E logo que possível os calmantes são revistos e retirados sem dar possibilidade de dependência.

É importante que um tratamento com psicotrópicos possibilite que o indivíduo tenha disposição física com ânimo para realizar suas atividades, trabalho, diversão, planejamento sobre o futuro.

Temos que pensar que o objetivo principal é viver bem independente se a pessoa usa ou não medicação. Mas se é necessário o uso de uma medicação em algum momento da vida para estar bem, não significa que será para toda vida e sim naquele momento. Depende de cada caso se deverá fazer uso sempre do remédio. Comparo a administração da medicação, o tratamento psíquico `a lapidação de um diamante, ora mexo em alguma dose de medicamento, depois revejo e percebo a necessidade de um homeopático, e em outro momento mudo alguma dose ou acrescento TFT ou toco em algum ponto que o paciente precisa refletir. E paulatinamente a pedra bruta vai se transformando na pedra preciosa com muito brilho e luz. E assim acompanho o crescimento individual de cada um, tentando estimular que cada qual vença suas tendências , busque crescimento, amadurecimento pessoal. Muitas vezes, em algum período, percebemos juntos que a medicação não se faz mais tão necessária e pouco a pouco percebemos que o indivíduo está vencendo a si mesmo, e encontrando a sua luz.

Vanessa Loschiavo

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