Estão cada vez mais constantes os relatos perplexos das pessoas, em relação à velocidade com que o tempo tem passado. Muitas vezes, inclusive, ele é tido enquanto vilão de nossas vidas, sendo responsabilizado por não conseguirmos efetivar uma série de propostas, dado o curto espaço que sentimos ter para por em prática nossos projetos.
Entretanto, o que muitas vezes nos passa despercebido é que o tempo, no formato habitualmente absorvido por nós, nada mais é que uma referência organizadora do espaço, criada pelo próprio homem, a fim de ajudá-lo na dinâmica do seu cotidiano. Por mais estranho que pareça ser pensar dessa forma, somos nós quem comandamos o tempo, não o contrário. Saber disso consiste em passo fundamental para sairmos dessa posição passiva em relação a ele e assumirmos a responsabilidade de sermos agentes de nossa própria vida. Quem realmente nos controla são nossos pensamentos, operação mental esta que é o centro de nossas emoções e comportamentos, sendo, portanto, a base daquilo que frequentemente nos referimos como destino. Nosso destino está dentro de nós, de nossas escolhas e daquilo que planejamos e executamos em nossa vida. Parece forte atribuir os ônus e bônus de nossa vida ao modo que pensamos a nós mesmos e o mundo a nossa volta, mas essa é uma realidade que deve fazer parte de nossa consciência, uma vez que traz à tona a rica dimensão da escolha, enquanto uma capacidade libertadora. Nesse contexto, o que seriam, então, boas ou más escolhas? Qual o critério utilizado para definir em qual destas duas categorias nossas decisões se encaixam?
Escolhas acertadas são aquelas que nos trazem felicidade e fazem feliz aos que estão a nossa volta. Ao contrário dos problemas, que consistem em tudo aquilo que aprisiona a dor em nós, que não é libertador, que não liberta a dor. Boas escolhas são, portanto, escolhas que nos libertam e que nos impulsionam a seguir por caminhos de crescimento constante.
E como a psicoterapia pode nos ajudar a fazer boas escolhas? Não seria esse um artificio acionado apenas em momentos caóticos, de remediação?
Infelizmente, ainda existe muito tabu sobre o trabalho psicoterápico. Muitos ainda desconhecem o potencial que o momento terapêutico assume na vida de um indivíduo, atuando, principalmente, no processo de autoconhecimento, que é o pré-requisito para a liberdade. Só se é livre das amarras sociais, da autopunição, do medo de errar que limita nossas possibilidades, quando sabemos quem somos, o que queremos e do que somos capazes de alcançar com nossos recursos. Somos nós, o nosso maior motor propulsor de energia e estímulo, está em nós todo o potencial de crescimento e felicidade, basta descobrir onde estão estes recursos, para acioná-los nos momentos adequados.
A terapia ajuda nessa autodescoberta. Identificando o pensamento que existe por detrás de cada emoção, que emerge de cada um de nossos comportamentos disfuncionais, a psicoterapia vai ajudando ao indivíduo a organizar seu pensamento rumo ao equilíbrio, objetivando que o mesmo se aproprie de seu modo de funcionar e seja, ao final do processo, seu próprio terapeuta. Ora, nada mais coerente que estimular, também, essa libertação, o que inclui, portanto, uma libertação do próprio processo psicoterápico. Devemos ser nós mesmos o nosso maior e melhor especialista, e essa apropriação advém da real descoberta de todos os recursos que carregamos em nós.
Entendamos, portanto, a psicoterapia enquanto um processo catalizador da autodescoberta, que será a responsável pelas tomadas de decisões sábias, e por fazermos escolhas libertadoras, que nos direcionem ao sucesso, no sentido mais amplo da palavra.
Camila M. Felipe Vega
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